segunda-feira, dezembro 18, 2006

A questão básica na crise final – Parte 1

(Todo o texto fora destes parênteses foi escrito por John Paulien, Ph. D., chefe do Departamento de Novo Testamento do Seminário Teológico da Universidade Andrews, em Michigan, EUA, e traduzido por Azenilto Brito.)

O dia de observância é realmente a questão central no fim, ou os adventistas estão vivendo num mundo de fantasia?

Quando o mundo defrontar o consumado engano no fim dos tempos, haverá alguma maneira simples de o povo de Deus saber de que lado está? Tradicionalmente, os adventistas do sétimo dia têm apontado à questão sábado/domingo como o enfoque central da crise final. Os adventistas tendem a sentir que os que observam o sábado não serão enganados quando o fim chegar.

Essa posição tradicional, contudo, está sendo crescentemente rejeitada por adventistas mais jovens por duas razões principais. Por um lado, a palavra sábado nem sequer aparece no livro de Apocalipse. Como poderia a observância do sábado ser um tema central na crise final quando a palavra nem aparece no referido livro bíblico?

Em segundo lugar, a questão sábado/domingo não se apresenta como relevante no mundo moderno. Se formos falar a uma pessoa secularizada “Você deve freqüentar a igreja aos sábados, em vez de aos domingos”, ela provavelmente responderia: “Que tipo de gente argumentará sobre uma tolice dessas? Por que devo preocupar-me em ir a uma igreja, afinal de contas?”

Muitos adventistas, em resultado disso, ficam a imaginar se nossa ênfase na questão sábado/domingo é um mero vestígio da experiência da Igreja com a lei dominical nacional que foi debatida no Congresso, nos anos da década de 1890. Agora, cem anos depois, os Estados mais e mais estão removendo leis dominicais de seus estatutos, e o ambiente secular em grande medida faz pouco caso de tais preocupações. Seria possível que o clima dos anos daquele fim de século 19 levou os adventistas a lerem errado o Apocalipse? O dia de observância é realmente a questão central no Fim, ou os adventistas estão vivendo um mundo de fantasia?

O tema tratado em Apocalipse 13 e 14

O melhor lugar para começar a responder as perguntas acima é volvermos a Apocalipse 12:17: “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos demais filhos dela, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus.”

Esse texto sugere duas características identificadoras do remanescente no tempo do fim. (1) Obedecem aos mandamentos de Deus e (2) apegam-se ao testemunho de Jesus. Essas características são repetidas em Apocalipse 14:12: “Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.”

Em ambos os textos, o remanescente no tempo do fim é composto de pessoas que obedecem aos mandamentos de Deus. Essa caracterização do remanescente deixa implícito que os mandamentos de Deus de algum modo serão a questão entre o povo fiel de Deus e aqueles que são enganados. E uma vez que muitos dos mandamentos (tal como a proibição de roubar) são normalmente reconhecidos, é pertinente perguntar se o Apocalipse concentra o enfoque do conflito em um ou mais mandamentos em particular. Isso de fato é o que se dá.

O cenário do conflito entre o dragão e o remanescente tem por centro uma simples palavra que aparece vez após vez em Apocalipse 13 e 14 — “adoração”. Em Apocalipse 13:4 - “e adoraram o dragão, porque deu à besta a sua autoridade; e adoraram a besta.” Em Apocalipse 13:8 - “E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a Terra.” Em Apocalipse 13:12, os habitantes da Terra são forçados a adorar a primeira besta, e em Apocalipse 13:15 são forçados a adorar a imagem da besta. E assim prossegue (Apoc. 14:6, 9-11).

Oito vezes em Apocalipse 13 e 14 atenção é dada à adoração. É a palavra crucial por toda essa seção do livro. No fim, a verdade-teste para o mundo centraliza-se na questão da adoração apropriada. Nada há de novo nisso. Desde o princípio, os irmãos Caim e Abel dividiram-se a respeito da questão da adoração (Gên. 4:3-9). Sobre o Monte Carmelo a questão era adoração (I Reis 18:16-46). Quando Satanás tentou a Jesus no deserto, a questão fundamental era adoração (Mat. 4:8-10). Acaso esse enfoque sobre adoração chama nossa atenção a certos mandamentos em particular? Sem dúvida, os primeiros quatro mandamentos — a chamada primeira tábua de pedra da lei — preocupam-se diretamente com nosso relacionamento para com Deus e com a Sua adoração.

(Continua...)

2 comentários:

Francisca disse...

é possível saber a fonte original? (em ingles)

grata

franciscasribeiro@yahoo.com.br

Pr. Sérgio Santeli ssanteli@br.inter.net disse...

Só conheço a fonte da tradução:

http://foroadventista.com/index.php?PHPSESSID=9ukseaq2ndf768rq91n30gilk4&topic=270.msg2909#msg2909