terça-feira, fevereiro 27, 2007

O mundo que há de vir

“Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando.” Hebreus 2:5

A expressão “ecumenismo” deriva da palavra grega oikoumene que é traduzida na Bíblia como “mundo habitado” ou “terra habitada”. No verso acima aparece como “mundo que há de vir”. O verdadeiro ecumenismo é aquele que promove os princípios do “mundo que há de vir”. Estaria o atual movimento ecumênico de igrejas em conformidade com aquilo que a Revelação aponta como princípios do reino vindouro?

Embora o Vaticano venha enfatizando o “escândalo da divisão” do cristianismo desde o Concílio Vaticano II, e promovendo o diálogo com as várias denominações cristãs “separadas” de Roma, e também com as religiões pagãs orientais, essa mesma postura de contemporização e relativismo tem afastado igrejas e grupos cristãos mais conservadores. E há razões de sobra que justificam essa atitude de cautela ou mesmo condenação:

1. De acordo com o autor Bert Beverly Beach, "o quadro escatológico da igreja de Deus antes da segunda vinda não é o de uma megaigreja reunindo toda a humanidade, mas o de um 'remanescente' da cristandade, aqueles que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus (Apocalipse 14:12)".

2. O movimento ecumênico tem dado mais importância à moralidade social do que à santificação pessoal. É uma espécie de coletivismo religioso, onde o consenso coletivo tem muito mais valor do que a consciência e a piedade pessoal. Isso é um sério problema para a verdadeira fé cristã já que, segundo o fundador do cristianismo, o passaporte para o "mundo que há de vir" é o arrependimento (que pressupõe mudança de atitude diante de Deus e conformidade com as verdades bíblicas): "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus." Mateus 4:17.

3. O pluralismo de idéias dentro do ecumenismo também é um fator complicador. Debaixo do guarda-chuva ecumênico se abrigam não só os defensores da teologia liberal, que vão desde os que não consideram o texto bíblico normativo e dotado de autoridade, até os que acreditam na revelação proposicional (a inspiração não está no texto, mas na experiência do leitor), como também aqueles provenientes das religiões orientais, com seus conceitos pagãos, o que contraria abertamente a mensagem cristã: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão da luz com as trevas?... Retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor." II Coríntios 6:14 e 17. Nas palavras de Bert B. Beach, "a separação e a divisão a fim de proteger e preservar a pureza e a integridade da igreja e sua mensagem são mais desejáveis do que a unidade em mundanismo e erro". A verdade é uma só: "Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?" Amós 3:3.

4. Michael Urban, autor evangélico conservador (apesar de ser dispensacionalista – acredita que as profecias apocalípticas vão se cumprir com a nação de Israel literal –, seu pensamento sobre o ecumenismo é relevante), afirma que o problema maior para os cristãos com o ecumenismo é que, na verdade, este movimento pretende criar uma nova visão de mundo e uma nova idéia sobre Deus que abrangerá todas religiões. Em outras palavras, o Jesus pregado pelos cristãos tem que dar lugar a um Deus que seja comum a todas as religiões, incluindo as de cunho pagão.

5. Segundo o mesmo autor, a arma eficaz usada pelo movimento ecumênico é a sedução. Aparência de piedade, mas o espírito continua totalmente anticristão. Fato comprovado ao verificarmos as várias frases de impacto usadas pelos seus defensores: "a doutrina separa, a oração une", "devemos construir pontes e não muros" e "unidade no que é relevante, liberdade no que é secundário e, acima de tudo, o amor". Todas essas frases de impacto escondem conceitos antibíblicos. "A doutrina separa, a oração une": a doutrina é encarada como um obstáculo, e a separação que ela pode trazer como indesejável. Porém, Jesus mesmo foi quem previu: "Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre sua filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra." Mateus 10:34 e 35. A doutrina também tem um lugar de destaque na fé cristã: "Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai quanto o Filho." II João 1:9. Urban conclui: "Como podemos unir em oração aquilo que Deus separou?"

6. "Unidade no que é relevante, liberdade no que é secundário e, acima de tudo, o amor": Porventura, há na mensagem bíblica aspectos secundários? Ou será que tudo que foi escrito para nosso proveito é que foi escrito? Se há aspectos secundários, quem deve determinar o que é secundário? Esvaziar a mensagem bíblica do seu todo orgânico é uma armadilha por detrás dos pressupostos ecumênicos.

Graças a Deus, há muitos cristãos conservadores que não se deixarão seduzir pela aparência de piedade destituída de poder.

“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens... tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.” II Timóteo 3:1, 2 e 5

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

O Ecumenismo avança

OS FATOS:

1. Congregando 100 milhões de fiéis, a Aliança Batista Mundial iniciou, no mês de Dezembro de 2006, a segunda fase do diálogo ecumênico com o Vaticano, sob o tema "A Palavra de Deus na vida da Igreja: Escritura, tradição e koinonia". Essa nova fase pretende encerrar seus trabalhos em 2010.

2. De acordo com a agência de notícias católica Ecclesia, “a Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé e Ecumenismo (CEDFE, católica) e o Conselho Português de Igrejas Cristãs (COPIC) continuam a discutir o reconhecimento mútuo dos baptismos [sic] nas Igrejas Católica, Presbiteriana, Metodista, Lusitana e Anglicana em Portugal”. Ainda segundo a matéria, “esta decisão ultrapassa em muito o plano ‘burocrático’ de se evitar um novo Baptismo [sic], quando alguém decide mudar de Igreja”.

3. Já a agência Zenit noticiou, em 31 de janeiro de 2007, que o Vaticano recebeu a visita de líderes das Igrejas Ortodoxas Orientais, os quais vieram participar da reunião anual da “Comissão mista internacional para o diálogo teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas orientais”. As Antigas Igrejas do Oriente (chamadas também de ortodoxas) se separaram tanto de Roma como das Igrejas Ortodoxas de Bizâncio, no Concílio de Calcedônia (ano 451).

4. No entanto, a notícia de maior impacto das últimas semanas relaciona-se com a Igreja Anglicana. De acordo com o jornal inglês The Times, edição de 19 de fevereiro de 2007, “propostas radicais para reunir Anglicanos com a Igreja Católica Romana sob a liderança do Papa serão publicadas este ano”. A matéria ainda informa que “em um documento de 42 páginas preparado por uma comissão internacional de ambas as igrejas, anglicanos e católicos romanos estão desejosos para explorar como eles poderiam reunir-se sob o Papa”. Mas a ICAR nega o fato.

5. Segundo a Enciclopédia Barsa – Macropédia, vol. 1, pág. 395, “a origem da Igreja Anglicana se encontra, no entanto, na recusa de Roma em declarar nulo o casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão, celebrado em 1509 e do qual não haviam nascido descendentes varões. Pretendendo garantir a estabilidade da dinastia, em 1527 o rei tentou sem êxito conseguir do papa Clemente VII a anulação do casamento. Seis anos mais tarde, Thomas Cranmer, nomeado pelo rei arcebispo de Canterbury, declarou inválida a união entre Henrique e Catarina e celebrou o casamento do monarca com Ana Bolena. Seguiu-se a excomunhão do rei, que reagiu à Santa Sé, obtendo do Parlamento a aprovação do Estatuto de Supremacia (1534). O documento proclamava o monarca chefe da igreja na Inglaterra, declarava a coroa fonte suprema de jurisdição e privava o papa das rendas procedentes dos bens eclesiásticos”.

A Igreja Anglicana, na verdade, separou-se de Roma mais por vontade política do que por divergências teológicas. Talvez, por isso, de todas as igrejas “separadas” de Roma é a que apresenta a liturgia de culto mais parecida com o catolicismo. Nem por isso, a notícia dada pelo The Times deixa de ter um significado especial, revelando o desenrolar profético: “e toda terra se maravilhou, seguindo a besta”. Apocalipse 13:3.

“Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará”. Hebreus 10:37

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

O liberalismo da Nova Ordem Mundial

Estamos presenciando o enfraquecimento acentuado da moral em nossos dias, principalmente no campo da sexualidade. Comportamentos típicos de uma cultura pagã primitiva estão sendo impostos como normais à sociedade. É o vale tudo na busca desenfreada pelo prazer.

O sexo é um dom de Deus para a humanidade. É algo belo que foi criado por Deus para dar também prazer ao ser humano. Por isso, o modelo estabelecido por Deus para a prática do sexo deve ser a norma, e não a exceção: um homem e uma mulher devidamente comprometidos em uma relação matrimonial.

Até o fim da Idade Média o sexo foi encarado como algo pecaminoso, instrumento apenas de procriação (infelizmente, o cristianismo de então contribuiu para essa situação). Porém, em nossos dias estamos vivenciando o extremo oposto: uma busca irresponsável pelo prazer a qualquer custo. E isso graças à filosofia humanista pós-moderna que vem encarando tudo, inclusive a moral sexual, como sendo relativo, ao gosto do freguês.

A pressão da sociedade e a influência da mídia têm contribuído para popularizar o sexo livre antes de um compromisso permanente (Malhação e Big Brothers da vida) e para tornar o adultério um simples “caso” (novelas e Hollywood da vida).

No entanto, são as perversões como o homossexualismo, a pedofilia, o incesto e o bestialismo que demonstram a real situação de imoralidade a que chegou nosso mundo (a cultura brasileira, infelizmente, também incorporou o sensualismo e a imoralidade em seus diversos aspectos).

A Bíblia nos ensina que, embora Deus ame o pecador (João 3:16), Ele aborrece o pecado em si (Levítico 20:10-16 e 23). No caminho descendente da imoralidade sexual, o último estágio de degradação é o bestialismo (sexo com animais). Não causa admiração, portanto, saber que o garoto propaganda do neopaganismo mundial foi contratado para promover os primeiros passos rumo a tal aberração.

Na Holanda, o país com as políticas sociais mais liberais do mundo, a pedofilia já passou a ser bandeira política. Sem falar, é claro, do homossexualismo que avança a passos largos no mundo. (Confira aqui e aqui também.)

Mesmo o Vaticano, normalmente contrário ao homossexualismo, recentemente cometeu uma gafe.

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” Filipenses 4:8

“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão... mais amigos dos prazeres que amigos de Deus.” II Timóteo 3:1, 2 e 4

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

O Vaticano tem a faca e o queijo

O que você pensaria caso soubesse que o futuro do mundo e o iminente cumprimento das profecias dependem apenas (humanamente falando) de nove pessoas? E se também soubesse que cinco delas são católicas ( portanto, reverenciam o domingo), três das quais ligadas à Opus Dei; como você se sentiria?

Por trás da aparente ingenuidade dessa pergunta se esconde a mais dura realidade. A profecia alerta que o poder representado pela “besta que subiu da terra” (os EUA) passaria por uma metamorfose: “Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão.” Apocalipse 13:11. A “fala” de uma nação acontece por meio de suas leis. Isso significa que, em determinado momento, os EUA (por meio de suas leis) passariam a “falar” como um dragão (lembrando que “dragão” no Apocalipse é símbolo do “diabo” e do “paganismo” – Apocalipse 12:9 e 13). Uma lei impondo a guarda do domingo (dia em que os pagãos adoravam o Sol, e que, por influência da Igreja Romana, passou a ser o “dia do Senhor” para muitos cristãos) encaixa-se perfeitamente nessa profecia.

Mas seria possível isso? Poderia um país protestante cuja supremacia mundial foi alcançada graças a sua capacidade de assegurar a liberdade tanto civil quanto religiosa aos seus habitantes, ser capaz de alterar a sua constituição e acabar com a liberdade religiosa impondo um dia de guarda a todos?

Só uma instituição do governo americano teria poder para realizar tal mudança: a Suprema Corte de Justiça dos EUA. A Suprema Corte é o órgão máximo do Poder Judiciário nos EUA, sendo composta por nove juízes (um chefe mais oito assistentes), cujo mandato é vitalício (só perde o mandato quando morre ou quando pede demissão por razões de idade ou saúde). O presidente americano é quem escolhe esses juízes, os quais são depois aprovados ou não pelo Senado.

Na teoria, os juízes não deveriam ser influenciados pelo Executivo, mas como na prática é o presidente quem indica os nomes, a influência do Executivo ocorre na seleção dos nomes, ou seja, os nomes escolhidos pelo presidente geralmente são de juízes que têm o mesmo perfil político do seu partido (conservador ou liberal).

Uma palavra sobre a política americana: os dois maiores partidos que dominam a política são o Republicano (conservador) e o Democrata (liberal). Na prática, atualmente, os conservadores são contra o aborto, contra o casamento gay, mas a favor da união entre igreja e Estado (ou seja, querem mudar a Constituição americana). Já os liberais têm posição oposta: a favor do aborto e do casamento gay, mas contra a união da igreja e o Estado (não desejam a mudança da Constituição).

Nessa luta de interesses, o presidente que indicar o maior número de juízes para a Suprema Corte acaba desequilibrando a balança do poder, seja conservador ou liberal. Atualmente, há quatro juízes conservadores, quatro juízes liberais e um que não tem lado definido (um pouco mais liberal que conservador). Mas o maior problema é outro: é que cinco deles são católicos, sendo três destes ligados à Opus Dei (o que você acha que aconteceria numa votação sobre Lei Dominical?), é o que diz a matéria do jornal O Estado de S. Paulo, de 5 de fevereiro de 2006.

A Opus Dei é uma organização católica de âmbito mundial (80 mil afiliados) que opera nos moldes de uma sociedade secreta, cujo principal objetivo é restabelecer o poder político mundial do Vaticano, perdido no fim da Idade média (1798). Há membros da Opus Dei ocupando posições de influência espalhados em vários países. Inclusive João Paulo II foi muito assessorado por membros da Opus Dei durante seu governo no Vaticano. Ainda de acordo com a matéria do Estadão, ficamos sabendo quem é quem na Suprema Corte Americana:

John G. Roberts Jr. – 52 anos, indicado por George Bush (filho), católico, conservador.

Antonin Scalia – 70 anos, indicado por Ronald Reagan, católico, ligado à Opus Dei, conservador.

Clarence Thomas – 58 anos, indicado por George Bush (pai), católico, ligado à Opus Dei, conservador.

Samuel A. Alito Jr. – 56 anos, indicado por George Bush (filho), católico, ligado à Opus Dei, conservador.

John Paul Stevens – 86 anos, indicado por Ford, protestante, liberal.

David H. Souter – 67 anos, indicado por George Bush (pai), protestante, liberal.

Ruth Bader Ginsburg – 73 anos, indicada por Bill Clinton, liberal.

Stephen G. Breyer – 68 anos, indicado por Bill Clinton, liberal.

Anthony M. Kennedy – 70 anos, indicado por Ronald Reagan, mais liberal que conservador.

Apesar de o Vaticano estar com a faca e o queijo na mão, a profecia só vai cumprir-se quando Deus assim o permitir.

“Pois do Senhor é o reino, é Ele quem governa as nações.” Salmo 22:28