quarta-feira, abril 30, 2008

Cristãos teocratas usam seu megafone para promover a Comissão dos Dez Mandamentos

Durante os últimos dois anos, o Congresso designou o primeiro fim de semana de maio como "Fim de semana dos Dez Mandamentos". Pergunto por que? A maioria de nós presta pouca atenção a resoluções do Congresso. Todos os tipos de resoluções são propostas; algumas são aprovadas, outras são colocadas sobre a mesa, outras ainda são retiradas.

Nestes dias, duas resoluções relativas aos Dez Mandamentos estão sendo consideradas pelo Congresso, uma estabelecerá novamente o primeiro fim de semana de maio como "Fim de semana dos Dez Mandamentos", enquanto a outra tem por objetivo celebrar a Comissão dos Dez Mandamentos (TCC), uma organização liderada por um ex-veterano das Forças Armadas Israelense, e composta por líderes cristãos evangélicos conservadores de longa data.

Durante meses, Chris Rodda, Diretor de Pesquisa Sênior da Fundação de Liberdade Religiosa Militar (MRFF), tem acompanhado o desenvolvimento em torno das duas resoluções dos Dez Mandamentos - Resolução nº 483 do Senado e Resolução nº 598 do Congresso.

A Resolução do Senado, apresentada pelo senador republicano de Kansas, Sam Brownback - com o senador independente de Connecticut, Joseph Lieberman, como o seu co-patrocinador - visa reconhecer mais uma vez o primeiro fim de semana de maio como "Fim de semana dos Dez Mandamentos".

Segundo Rodda, autor de "Mentirosos por Jesus: A Versão Alternativa da História Americana pela Direita Religiosa", vol. I, a resolução de Brownback vem embalada com 10 considerandos iniciais:

"Considerando que os Dez Mandamentos são preceitos fundamentais para a fé dos milhões de americanos"; "Considerando que os Dez Mandamentos são uma declaração de princípios fundamentais para uma sociedade justa e eqüitativa"; e "Considerando que, desde a fundação dos Estados Unidos, os Dez Mandamentos têm sido parte do tecido cultural fundamental da América", seguido por citações dos presidentes George Washington, John Quincy Adams, e Harry Truman.

A resolução afirma que o Senado:

(1) Reconhece o primeiro fim de semana de Maio de 2008 como "Fim de semana dos Dez Mandamentos;

(2) Celebra os Dez Mandamentos como um aspecto significativo da vida nacional dos Estados Unidos; e

(3) Incentiva os cidadãos norte-americanos a refletir sobre o papel essencial que os Dez Mandamentos têm desempenhado na vida da Nação.

Em um texto no Talk2Action, Rodda, salientou que a Resolução nº 598 do Congresso, intitulada "Apoiando os objetivos da Comissão dos Dez Mandamentos e parabenizando tal Comissão e seus apoiadores pelo papel fundamental na promoção e garantia do reconhecimento dos Dez Mandamentos como a pedra angular do direito ocidental", foi apresentado no Congresso pelo republicano Todd Akin, em agosto último, e foi submetido à apreciação do Comitê de Vigilância e Reforma do Governo.

Rodda destaca que tanto a Resolução nº 483 do Senado quanto a Resolução nº 598 do Congresso "procuram promover" o terceiro fim de semana anual dos Dez Mandamentos, "um evento instituído pela Comissão dos Dez Mandamentos (TCC) localizada em Boca Raton, Flórida – ‘Vigias Unidos sobre o Muro’ - organização formada em 2005 em resposta à sentença da Suprema Corte contrária à exposição dos Dez Mandamentos em prédios públicos".

A respeito da Comissão dos Dez Mandamentos, Ron Wexler, um judeu ortodoxo e co-fundador, e o Dr. Myles Monroe, dos Ministérios de Fé Internacional de Bahamas, declararam: "Nós não estabelecemos a organização por qualquer outra razão que não seja a de honrar a Palavra de Deus e compartilhar Sua mensagem". "Agradecemos o reconhecimento dos vários congressistas e esperamos ansiosamente trabalhar com eles a fim de educar os cidadãos sobre a importância dos Dez Mandamentos para o futuro bem-estar dos Estados Unidos".

Ron Wexler e a Comissão dos Dez Mandamentos

A Comissão dos Dez Mandamentos (TCC) de Wexler declara que seu "principal objetivo era criar um grupo catalisador de idéias [think thank] com os líderes mundiais que já reconhecem o poder por trás da TCC". O seu objetivo pretendido "é ter cinco milhões de membros/apoiadores vigorosos e trazer a mensagem dos Dez Mandamentos - Vigias Unidos sobre o Muro - para cada Igreja e ministério na nação".

De acordo com a biografia encontrada no site da TCC, Wexler "nasceu e foi educado em Israel e serviu na Força de Defesa Israelense durante a Guerra dos Seis Dias de 1967 e da Guerra do Yom Kippur de 1973. Ele também é o principal proprietário da organização educacional ‘Heritage Study Programs’ (Programas de Estudo da Herança)".

Wexler é o presidente do Conselho do Milênio "uma coalizão estratégica interdenominacional, multi-cultural, de influentes líderes cristãos", que ele ajudou reunir. Ele é "também o fundador e presidente do futuro Jardim das Bem-aventuranças às margens do Mar da Galiléia [que] será um centro multi-cultural, espiritual e de aprendizagem facilitada [com] um jardim devocional, um teatro, salas de aula e dormitórios, um centro público de conferência artística e um hotel".

[...]

"Barrar o Islã radical e trazer de volta a Palavra de Deus, a base para o muro de Jerusalém"

Em um vídeo no GodTube, Wexler afirmou que a TCC é "um movimento de base para barrar o Islã radical e trazer de volta a Palavra de Deus, a base para o muro de Jerusalém."

Ele pretende mobilizar cinco milhões de pessoas para sua causa, porque, então, poderão "mudar essa tendência que vai destruir a América."

Em setembro de 2007, Wexler, juntamente com uma série de líderes da Direita Religiosa, assinaram uma declaração divulgada por um grupo chamado Forgotten American Coalition (Coalizão Americana Esquecida) que apelava para manter o curso no Iraque e avisava da horrível conseqüência caso os EUA se retirassem:

"Como líderes do movimento conservador e como cidadãos preocupados, desejamos abaixo assinados tornar os nossos colegas americanos conscientes das trágicas conseqüências de uma retirada precipitada por parte dos EUA do Iraque. A guerra do Iraque tem de ser vista no contexto mais amplo da guerra Islâmico-fascista contra a América e o Ocidente. Trata-se de uma frente no conflito global disputado desde a Europa e o Oriente Médio até a África, os Balcãs, o subcontinente indiano, e finalmente, as ruas de nossas cidades. O 11 de setembro foi, em parte, precipitado pela percepção da fraqueza e falta de determinação americanas. Uma retirada do Iraque antes de completar nossa missão, irá convencer os terroristas e seus patrocinadores que nós, na verdade, somos o proverbial tigre de papel [NOTA: Que aparenta força e poder, mas, na verdade, é fraco]".

Rob Boston destacou uma parte do texto publicado em agosto último, no site da Americans United for Separation of Church and State (Americanos Unidos pela Separação da Igreja e do Estado) - "Após os furacões da Costa do Golfo em 2005, um escritor fundamentalista [citado como Wexler] disse: ‘Foi-me mostrado que, na numerologia, o valor numérico das letras hebraicas que formam o nome ‘Rita + Deus’ é igual a 620. O número de todas as letras hebraicas que formam a expressão ‘Dez Mandamentos’ é... 620! Existe uma ligação? Poderia ser este agora o Espírito de Deus acima das águas? ‘Rita + Deus’ equivale a 620 assim como em ‘Dez Mandamentos’? Poderia ser este o convite para despertar a nação? Agora, quando os Dez Mandamentos estão sendo retirados das escolas e dos tribunais, poderia haver uma ligação? Basta pensar só um instante [e você conclui] que existe uma correlação’".

Boston, que é Diretor-Adjunto das comunicações dos Americanos Unidos pela Separação da Igreja e do Estado, também observou que Wexler alegou ter localizado "uma inscrição dos Dez Mandamentos, em hebraico antigo, que foi datado em mais de quinhentos anos de idade" em uma remota montanha no Estado do Novo México.

O site informou que, segundo Wexler, "esta misteriosa e antiga inscrição da Lei Básica de Deus para toda a humanidade, encontrada na selva americana, faz com que as pessoas pensantes se perguntem se Deus, na verdade, colocou Sua poderosa mão sobre os Estados Unidos da América centenas de anos antes mesmo da nação ser fundada".

"Em resumo", Boston concluiu, "a Comissão dos Dez Mandamentos é mais uma coleção de teocratas que são limitados em bom senso e em argumentos sólidos, mas de longo alcance na retórica inflamada. Eles também parecem de preferência ingênuos se levam a sério as reivindicações de Wexler, um homem cujas idéias parecem vir diretamente de um tablóide de supermercado".

Fonte: ALTERNET

terça-feira, abril 29, 2008

Católicos e budistas: em comum o meio ambiente

O presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Card. Jean-Louis Tauran, enviou uma mensagem aos budistas por ocasião da "Festa do Vesakh". Em sua mensagem, o Card. Tauran recorda as positivas relações que existem há muitos anos entre católicos e budistas e o desejo de que os fiéis das duas religiões continuem trabalhando juntos para construir um mundo melhor não somente para nós mesmos, mas para toda a família humana. Mas o centro da mensagem do Pontifício Conselho é o cuidado com o meio ambiente. O cardeal recorda que as Nações Unidas declararam 2008 o Ano Internacional do Planeta Terra.

"Enquanto habitantes da Terra e fiéis, afirma o purpurado, cristãos e budistas respeitam a mesma Criação e têm a comum preocupação de promover o cuidado pelo meio ambiente que todos compartilhamos."

O cardeal recorda que a tutela do meio ambiente, a promoção de um desenvolvimento sustentável e uma particular atenção às mudanças climáticas são motivos de grave preocupação para todos. Diante dessa situação, governos, ONGs e multinacionais investem recursos financeiros para tutelar a natureza. Também os líderes religiosos estão oferecendo sua contribuição ao debate público, que não é somente uma reação às mais recentes ameaças relacionadas ao aquecimento global.

O purpurado afirma que cristianismo e budismo sempre promoveram um grande respeito pela natureza. Todavia, pergunta-se o cardeal, que cristãos e budistas podem fazer a mais para colaborar em projetos práticos? E responde: "A reciclagem, a contenção com gastos energéticos, a prevenção da destruição indiscriminada de plantas e de animais e a proteção das águas". Deste modo, segundo o Card. Tauran, cristãos e budistas podem, juntos, ser portadores de esperança por um mundo limpo, seguro e harmonioso.

A Festa do Vesakh celebra o aniversário do nascimento de Buda e é comemorado em 26 de maio.

Fonte: Rádio Vaticano

NOTA: A aproximação que a Igreja Católica tenta promover com as principais religiões do mundo (até mesmo com as de natureza pagã) visa a formação de uma união mundial tendo o Vaticano como líder supremo - é a concretização do desejo de supremacia mundial por parte da Igreja Romana. Para infelicidade geral daqueles que amam a liberdade... O ECOmenismo é só um cavalo de Tróia por meio do qual a elite ocultista mundial (apoiada pelo Vaticano) deseja estabelecer uma adoração luciferiana ao redor do mundo.

Governo Russo escolhe uma Igreja em detrimento das outras


24 de abril de 2008
Cidade de Stary Oskol, Rússia – Não muito tempo depois de a Igreja Metodista se estabelecer aqui os problemas começaram. Primeiramente vieram visitas de agentes da FSB, sucessora da KGB, que evidentemente enxergaram uma ameaça nas poucas dezenas de almas, que permaneciam em seus apartamentos apertados para ler a bíblia. Oficiais locais logo trataram de rotular a instituição como uma "seita". Finalmente, no último mês, autoridades a fecharam. Houve um tempo, após a queda do regime comunista, que pequenas congregações protestantes floresceram no sudoeste russo. Atualmente, esta região industrializada se tornou emblemática pela repressão à liberdade religiosa sob o governo do presidente Vladimir V. Putin.

Desde que o governo apertou o controle sobre a vida política, ele também passou a agir nos assuntos religiosos. Representantes do Kremlin em muitos áreas transformaram a Igreja Ortodoxa Russa em uma religião oficial, de forma a evitar outras denominações cristãs que parecem oferecer uma concorrência mais significativa para os fiéis. Eles proibiram os protestantes de atraírem novos adeptos, bem como desencorajaram a fé protestante através de uma série de medidas, de acordo com as dezenas de entrevistados das autoridades do governo e líderes religiosos de toda a Rússia.

Essa aliança próxima entre o governo e a Igreja Ortodoxa Russa tem sido uma característica marcante do mandato de Putin, uma coreografia de assistência mútua que geralmente é descrita aqui como uma "sinfonia". O presidente Putin realiza freqüentes aparições com o líder religioso Patriarch Aleksei II na rede de televisão nacional controlada pelo Kremlin. Na última semana, Putin aceitou um convite de Aleksei II para comparecer em eventos da Páscoa Ortodoxa Russa, no próximo domingo.

Essa relação é fundamentada em parte por uma ideologia nacionalista comum, dedicada para restaurar a força da Rússia após o desastre decorrente da extinção da União Soviética. A hostilidade da igreja contra grupos protestantes, muitos dos quais baseados nos Estados Unidos, é pintada com o mesmo espírito anti-ocidente geralmente enfatizado por Putin e outros altos oficiais. A antipatia do governo também parece se originar em parte da cautela do Kremilin em relação às organizações independentes que não são aliadas ao governo.

Aqui em Stary Oskol, a 482 Km ao sul de Moscou, a polícia despejou uma congregação adventista do sétimo dia de sua sala de reunião, forçando-a a realizar os serviços em uma casa caindo os pedaços ao lado de um canteiro de obras. Os batistas foram impedidos de alugar um teatro para um festival de música cristã, e também não foram autorizados a distribuir brinquedos em um orfanato. Um ministro luterano disse que se afastou por alguns anos porque temia por sua vida. Ele voltou, mas mantém-se despercebido. Na televisão local no mês passado, o principal sacerdote ortodoxo russo da cidade, que é um confidente dos políticos mais poderosos da região, fez um sermão que foi repetido a cada poucas horas. Seu tema: os protestantes hereges.

"Nós lamentamos aqueles que estão enganados - as Testemunhas de Jeová, os batistas, os evangélicos, os pentecostais e muitos outros que cortaram as vestes de Cristo como bandidos, que são como os soldados que crucificaram Cristo, que rasgaram em pedaços o manto santo de Cristo", declarou o sacerdote, o Rev. Alexei D. Zorin.

Essa linguagem é familiar aos protestantes em Stary Oskol, em número de 2.000 numa cidade de 225.000 habitantes.

O Rev. Vladimir Pakhomov, ministro da Igreja Metodista, recordou o aviso de um oficial da FSB a um de seus paroquianos: "O protestantismo está enfrentando tempos difíceis - ou pode ser o seu fim".

A maioria das igrejas protestantes é requisitada pela lei a se registrar com o governo, a fim de fazer nada mais do que realizar orações em um apartamento. Funcionários rejeitaram o registro deste ano do Sr. Pakhomov, primeiro dizendo que sua papelada era deficiente e, em seguida, alegando que a igreja era uma fachada de um negócio indeterminado. Mr. Pakhomov recorreu ao tribunal, mas perdeu. Ele disse que agora poderia enfrentar a prisão só por estar conversando com as crianças sobre assistir a um acampamento Metodista.

"Eles nos transformaram em leprosos para assustar as pessoas lá fora", afirmou o Sr. Pakhomov. "Há este clima que você pode sentir com cada célula do seu corpo: 'Não é nosso, é americano, é estrangeiro. E se é estrangeiro não podemos esperar nada de bom dele’. É ignorância, a todo redor".

Yuri I. Romashin, um funcionário sênior da cidade, disse que a recusa do registro da Igreja Metodista foi adequada, explicando que o governo tinha que se proteger de organizações suspeitas que utilizavam a religião como uma capa.

"Seu objetivo não era um santo e nobre objetivo", disse ele da igreja do Sr. Pakhomov.

Mr. Romashin disse que o governo não discrimina os protestantes. "Temos de criar condições para não infringir de forma alguma os seus direitos, a sua religião e sua liberdade de consciência", disse ele. No entanto, como muitos funcionários russos, ele referiu-se às igrejas protestantes com a expressão depreciativa "seitas".

Intolerância religiosa

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A constituição russa garante a liberdade religiosa, e Putin tem discursado freqüentemente contra a discriminação. "Na Rússia moderna, tolerância e tolerância para outras crenças são o fundamento para a paz civil e um importante fator para o progresso social", disse o presidente em uma reunião com líderes religiosos em 2006.

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Mikhail I. Odintsov, alto conselheiro da comissão russa dos Direitos Humanos, que foi nomeado por Putin, disse que em parte, as reclamações em seu escritório são em relação à religião envolvendo protestantes. Odintsov ouviu as questões: "Problemas com propriedade ilegal, com construção de igrejas, renovações, ministros que vem de fora, problemas com a aplicação da lei, freqüentemente com a polícia".

"Na Rússia", ele aponta, "não há uma força política significantemente influente, ou um partido ou qualquer forma de organização que sustente e proteja os princípios de liberdade religiosa".

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Em fevereiro, alguns funcionários da cidade de Novosibirsk (Sibéria), a terceira maior da Rússia, propuseram a criação de uma comissão de combate às "seitas totalitárias". O governador da região de Tula, perto de Moscou, denunciou que a inteligência militar americana estava usando as "Seitas" protestantes para se infiltrar na Rússia.

Os funcionários não dizem com precisão a que grupos estão se referindo, mas os ministros protestantes dizem que o título é tão difundido que a maioria dos russos supõem que para os divulgadores isto significa todos os protestantes. O termo tem claramente penetrado na consciência do público.

"Como uma crente ortodoxa russa, sou contra as seitas", disse Valeriya Gubareva, uma professora aposentada, que foi questionada sobre os protestantes enquanto saía de uma Igreja Ortodoxa Russa aqui. "Nossa religião Ortodoxa Russa é inviolável, e não deve ser abalada".

Tal como outros paroquianos entrevistados, a Sra. Gubareva afirmou que apoiava a liberdade religiosa.

Uma Nova Identidade

Embora a freqüência a Igreja na Rússia é muito baixa, sondagens revelam que os russos estão abraçando a ortodoxia russa como parte de sua identidade. Em uma recente pesquisa, 71% dos entrevistados descreveu-se como ortodoxo russo, acima dos 59% em 2003.

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(Online)

NOTA: A Igreja Ortodoxa, mesmo separada de Roma, em muitos aspectos se parece tanto com a Igreja Mãe: manifesta ódio ao protestantismo, ama o poder político, fala a favor da liberdade religiosa mas onde é maioria suas obras sempre caminham em sentido contrário...

Leia também: "1/3 dos Russos não conhecem nenhum dos Dez Mandamentos".

segunda-feira, abril 28, 2008

Santo fantasma?


22 de abril de 2008
A turista Olga Chtalova não podia acreditar em seus olhos quando ela transferiu para o computador suas fotos de férias e viu esta imagem assombrosa.


Ela está convencida de que a figura embaçada no meio da foto é o fantasma de um padre morto no século 16 caminhando através da Catedral de St Paul.

Olga, vinte e um anos de idade, disse: "Eu não podia acreditar quando vi a imagem no computador. É claro que é um fantasma. Não havia ninguém na minha frente quando eu tirei a foto."

Turista russa, Olga, visitou a famosa catedral de Londres em uma viagem no mês passado para ver um amigo. Os dois estavam assistindo a um serviço pela manhã, quando a foto foi tirada.

(Online)

NOTA: "Vi que os santos precisam alcançar completa compreensão da verdade presente, a qual serão obrigados a sustentar pelas Escrituras. Precisam compreender o estado dos mortos; pois os espíritos de demônios lhes aparecerão, pretendendo ser amigos e parentes amados, os quais lhes declararão que o sábado foi mudado, bem como outras doutrinas não escriturísticas. Eles farão tudo ao seu alcance para despertar simpatia e operarão milagres diante deles para confirmar o que declaram. O povo de Deus deve estar preparado para enfrentar esses espíritos com a verdade bíblica, segundo a qual, os mortos não sabem coisa nenhuma, e que aqueles que lhes aparecem são espíritos de demônios". EGW, Primeiros Escritos, p. 87. "Satanás é um astuto inimigo. E não é difícil para os anjos maus representar tanto os santos como os pecadores que morreram, e tornar essas representações visíveis aos olhos humanos. Essas manifestações serão mais freqüentes e aparecerão desenvolvimentos de caráter mais sensacional à medida que nos aproximarmos do fim do tempo". EGW, Evangelismo, p. 604.

Leia também: "Condicionalismo".

Condicionalismo

Uma abordagem bíblica sobre a natureza e o destino eterno, escrito pelo respeitado teólogo Samuelle Bacchiocchi torna-se indispensável para os cristãos atuais que se deparam constantemente com inúmeros enganos e sofismas acerca da natureza e destino do corpo e da alma. Baseado na Bíblia, o autor anima os cristãos a pesquisarem a fundo o que a inspiração sagrada ensina sobre o estado do homem após a morte.

Este livro servirá como um porto seguro para aqueles que desejam se proteger contra os inúmeros ensinos errôneos que interferem negativamente no crescimento espiritual. Certamente o livro esclarecerá as diversas dúvidas decorrentes das crenças equivocadas sobre o destino da raça humana.

(UNASPRESS)

domingo, abril 27, 2008

O fim da caricatura


25 de abril de 2008
Quarenta e oito horas em sua visita aos Estados Unidos, o Papa Bento XVI tinha feito algo notável: tinha sepultado com sucesso o rótulo "Joseph Ratzinger", uma desagradável caricatura criada décadas antes pelos seus inimigos teológicos e, posteriormente comercializada para a imprensa do mundo. Desde seu primeiro momento na Base Aérea Andrews, no entanto, ficou claro que este não era um guardião teológico linha-dura, nem Rottweiler. Em vez do rótulo "Ratzinger", a América foi apresentada a um modesto, amigável homem, um avozão [grandfatherly] bávaro com modos requintados e uma rajada de cabelo branco incontrolável, cheio de carinho e admiração pelos Estados Unidos [...]

Direitos Humanos: o vocabulário moral do mundo

O principal objetivo da peregrinação transatlântica de Bento XVI era o de dirigir-se à Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas. Ele não explodiu a administração de Bush por causa do Iraque, como algumas fontes não informadas tinham declarado que ele faria... Nem conduziu a turnê internacional que os diplomatas do Vaticano prefeririam. Em vez disso, Bento XVI assumiu o Professor Ratzinger e deu à Assembléia Geral uma pensativa palestra sobre a forma de transformar o ruído em conversa.

Bento XVI está profundamente consciente da dissonância do mundo, e que a mente não é simplesmente um reflexo da pluralidade do mundo. Além das radicalmente diferentes reivindicações políticas, religiosas, filosóficas e ideológicas se confrontarem na esfera pública mundial, existe o problema de um Ocidente que tem perdido a sua fé em razão de uma estrutura muito abalada da convicção... de que os seres humanos podem conhecer a verdade das coisas, incluindo a verdade moral das coisas. E isso parece a Bento XVI não só um grave problema em si, mas um grave problema político. Como pode a conversa, o debate e o argumento que são a força motriz de qualquer política humana acontecerem quando todos estão falando uma língua diferente, e ninguém pode concordar com um tradutor, e a necessidade de "tradução" é considerada pela vanguarda pós-moderna como impossivelmente antiquada? Nestas circunstâncias, a conversação é impossível e o ruído domina.

Então Bento XVI veio à ONU para sugerir que o ruído pode ser transformado em um verdadeiro envolvimento das diferenças através da razão moral que todos os seres humanos compartilham em comum, e através de uma das lições que a razão moral ensina aos seres racionais sobre como eles devem tratar um ao outro. Chamamos essa lição, hoje, "direitos humanos". Assim, a noção de direitos humanos como um vocabulário global que pode transformar o ruído em conversa (que foi o motivo condutor das observações de João Paulo II na Assembléia Geral em 1995) foi o centro do discurso de Bento XVI na ONU. Observando o 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, Bento XVI lembrou seus ouvintes que, na verdade, aqui o ruído se transformou em conversa. Assim, "este documento foi o resultado de uma convergência de diferentes tradições religiosas e culturais, todas elas, motivadas pelo desejo comum de colocar a pessoa humana no centro das instituições, da legislação e do funcionamento da sociedade, e considerar a pessoa humana essencial para o mundo da cultura, ciência e religião". Então, ele conduziu ao ponto principal: "Os direitos humanos estão cada vez mais sendo apresentados como a linguagem comum e o substrato ético das relações internacionais".

Como podemos saber que esses "direitos" existem, o papa perguntou. Nós podemos conhecê-los porque "eles são baseados na lei natural inscrita nos corações humanos e presentes em diferentes culturas e civilizações". Os Direitos Humanos, bem compreendidos, são um patrimônio moral universal; Não são benefícios a serem concedidos por Estados para o bom comportamento, nem são os direitos humanos básicos uma imposição cultural do Ocidente sobre o restante do mundo. Os direitos humanos são construídos em nós – Bento XVI diria - pelo "projeto criativo de Deus para o mundo e para a história", que atinge o seu "ponto alto" na pessoa humana. Ainda assim, o argumento do papa de que os direitos humanos universais são o reflexo das verdades morais universais "construídas" na pessoa humana é uma reivindicação que pode ser sustentada pelos não-crentes, bem como pelos fiéis de todas as tradições religiosas que prezam a razão.

Voltaire deve estar se revirando em seu túmulo, ao pensar na Sé de Pedro como o defensor da razão no mundo moderno. Ainda Bento XVI, como João Paulo II, põe seu rosto, e de sua igreja, contra as diversas irracionalidades (incluindo irracionalidades religiosas), que agora assolam o mundo, causando estragos nos assuntos humanos. Além disso, pela sugestão de que a "legitimidade moral" das Nações Unidas não decorre de letras negras sobre o papel que estão na Carta das Nações Unidas, mas do compromisso da Organização das Nações Unidas de proteger e promover os direitos humanos fundamentais e da sua eficácia em fazê-lo, o papa tem ajudado antecipadamente, contudo, ligeiramente, a causa da reforma da ONU [...]

(Online)

NOTA: Que moral tem o chefe do Vaticano para colocar-se como guardião mundial dos direitos humanos enquanto ele mesmo representa um Estado cujo governo autoritário é absoluto? De duas uma: ou os EUA perderam a noção do perigo e estão inocentemente valorizando um poder que outrora já se mostrou perseguidor, ou a aproximação destes poderes é intencional, patrocinada pela elite ocultista mundial para facilitar a implantação da Nova Ordem Mundial (fico com a segunda alternativa). Outra questão inquietante: se o papa já está fazendo a ligação política da Lei Natural (leia-se Decálogo) com os Direitos Humanos, quando tempo falta para ele fazer a mesma ligação com os Deveres Humanos? Querer impor a Lei de Deus com o apoio da política mundial é um tremendo erro. Será que o Vaticano não entende o que quer dizer "Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus"? É imposível legislar sobre a Lei Natural de forma política sem ferir o princípio de separação de Igreja/Estado, e o princípio de liberdade religiosa. Especialmente os quatro primeiros mandamentos (que na Bíblia católica adulterada são três) que referem-se ao dever do homem para com Deus, jamais deveriam entrar em qualquer discussão na esfera política. Os protestantes americanos estão cometendo um grande erro ao favorecer o poder religioso de Roma...

sexta-feira, abril 25, 2008

"Defendemos um dia comum de descanso"

Um abaixo-assinado com mais de 100 mil subscrições, a ser entregue na Assembleia da República (AR), é uma das principais apostas da nova campanha lançada [Portugal] pelo Movimento Cívico pelo Encerramento do Comércio ao Domingo (MCECD). Em conferência de imprensa, a comissão executiva do movimento adiantou que a recolha de assinaturas será feita junto dos consumidores, nas micro e médias empresas, durante dois meses.

Outra das medidas passa pela solicitação de reuniões com o Presidente da República, com o presidente da Conferência Episcopal, com o Bispo do Porto e com o secretário de Estado do Comércio. Debates em Lisboa, Porto e Coimbra serão outras iniciativas, a par da criação de um sítio do MCECD na Internet.

Segundo Jorge Pinto, do movimento cívico, a proposta apresentada em Março pelo PSD é "totalmente liberalizadora no que refere aos horários do comércio". A proposta, que será debatida daqui a três semanas, levou o movimento a afirmar estar "seriamente preocupado com um conluio do bloco central de interesses em aprovar esta lei".

O projecto de lei, que será discutido a 2 de Maio no Parlamento, prevê que a definição dos horários do comércio passe a ser uma competência das autarquias. À semelhança do que acontece em Espanha, o Movimento Cívico pelo Encerramento do Comércio ao Domingo defende a abertura de centros comerciais, hipermercados e supermercados apenas em oito a 10 domingos por ano.

"O grande comércio está a ganhar terreno no esmagamento do comércio tradicional", alertou Laura Rodrigues, presidente da Associação dos Comerciantes do Porto (ACP).

Laura Rodrigues alertou para o facto de o grande comércio estar a empobrecer o país, sublinhando que "existe um desnível muito grande entre o comércio tradicional e os grandes grupos, que são protegidos de forma afrontosa". A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) lançou recentemente uma petição pela liberalização dos horários do comércio e que ao longo de seis meses reuniu 250 mil assinaturas.

O movimento defende a necessidade de um dia comum de descanso, "com tempo para a família, para a fé, para a cultura e para as relações entre as pessoas", defende Fernando Milheiro, da comissão executiva. "Estamos perante uma sociedade comercial, que não é a europeia e que encara o homem como uma máquina de trabalho", frisou. [Grifo acrescentado]

O Movimento Cívico pelo Encerramento do Comércio ao Domingo promete continuar a luta, que já conta com 100 anos de história.

Fonte: Jornalismo Porto Net

NOTA: Concordo que o homem não é uma máquina, e que precisa de tempo para a família, para a fé e para o descanso. Deus transformou essa necessidade em um mandamento: "Lembra-te do dia de sábado para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho..." (Êx 20:8-11). Porém, sair de um extremo e ir para o outro extremo ("Dia comum de descanso" determinado pelo Estado) também é um grande erro, porque é uma violação dos direitos humanos - no caso, da liberdade religiosa - afinal, há muitos trabalhadores que descansam aos sábados (conforme a Bíblia ensina) e não aos domingos (judeus, batistas do sétimo dia, adventistas do sétimo dia...). Portanto, a melhor saída é apoiar um dia de descanso semanal, porém, dando aos proprietários do comércio a liberdade para escolher seu próprio dia de folga (no caso daqueles proprietários que quiserem permanacer abertos sete dias por semana, a opção de escolha se estenderia também aos trabalhadores). O Estado não pode privilegiar uma religião em detrimento das outras. A Igreja Católica possui uma imensa ganância por poder, e quer dominar o cenário político mundial com seu dogma do descanso dominical. Devemos lutar pela liberdade religiosa a todo custo...

Flórida pode ter placas de carro com motivos religiosos

Os motoristas da Flórida podem pedir mais de 100 tipos diferentes de placas de carro comemorativas que vão de manatees a equipes de basquete, mas uma que está agora sob consideração especial seria a primeira nos Estados Unidos a promover uma religião específica. O estado da Flórida está considerando uma placa especial com um design que inclua uma cruz católica, uma janela de vidro e as palavras "eu acredito."

O republicano Edward Bullard, responsável pelo projeto da placa, disse que as pessoas "que acreditam em sua universidade" ou "acreditam em seu time de futebol" já têm placas que podem comprar. O novo design é uma chance para os outros colocarem um marco em seus carros com "algo em que acreditam", ele disse.

Se a nova placa for aprovada, a Flórida certamente enfrentará uma batalha judicial. O problema em fazer essa placa é que ela "manda a mensagem de que a Flórida é essencialmente um estado cristão" e, em segundo lugar, dá a "impressão de que o estado está apoiando uma preferência religiosa em particular", disse Howard Simon, diretor executivo do American Civil Liberties Union of Florida.

As placas "eu acredito" ainda têm que ser aprovadas tanto pelo Senado antes que a sessão da Câmara Legislativa termine no dia 2 de maio.

Fonte: O Estado de São Paulo

NOTA: Já não é de hoje que a política e a religião estão ensaiando dar as mãos nos EUA. Ao mesmo tempo algo assustador e profético...

quinta-feira, abril 24, 2008

A conspiração final

Qual é a definição de "Conspiração"?

1) Ato ou efeito de conspirar; maquinação.
2) Trama ou conluio secreto.
Dicionário Barsa da Língua Portuguesa

Há, então, alguma descrição profética sobre a crise final como sendo resultado de uma "trama secreta"?

"Aproximamo-nos da mais importante crise que já sobreveio ao mundo... Satanás está preparando para agir secretamente por meio de suas instrumentalidades humanas". EGW, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 414.

Existe alguma semelhança com a estratégia adotada na "primeira crise" lá no céu?

"Sua [de Lúcifer] obra de engano foi efetuada com tão grande sigilo que os anjos em posições menos elevadas supuseram que ele era o Governante do Céu". EGW, Este Dia com Deus, p. 254 (MM 1980).

"A ação subversiva [de Lúcifer] foi tão sutil que não apareceu diante dos seres celestiais do modo como em realidade era... Tal estado de coisas persistiu por longo tempo antes de Satanás ser desmascarado". EGW, A Verdade Sobre os Anjos, p. 40.

Encontramos algum outro paralelo histórico desta estratégia?

"Os homens de Babel [Torre] tinham-se decidido a estabelecer um governo que fosse independente de Deus. Alguns houve entre eles, entretanto, que temiam ao Senhor, mas tinham sido enganados pelas pretensões dos ímpios, e arrastados aos seus desígnios. Por amor a estes fiéis, o Senhor retardou os Seus juízos, e deu ao povo tempo para revelar o seu verdadeiro caráter". EGW, Patriarcas e Profetas, p. 122.

Há evidências atuais que apontam para o cumprimento desta profecia?

"No início da década de 60, durante a administração Kennedy, foi reivindicado que um grupo de 15 cientistas, nos seus vários campos, fosse reunido para produzir um relatório sobre maneiras de controlar a população e centralizar o poder sem o uso de guerras. Ele ficou conhecido como o Relatório da Montanha de Ferro. Duas das recomendações para centralizar o poder foram: uma ameaça para o meio ambiente global e uma ameaça de uma invasão extraterrestre..." (Leia mais - Leia também aqui)

Como harmonizar esse assunto com a soberania de Deus?

"Pois do Senhor é o reino, é ele quem governa as nações" (Sl 22:28).

"Ele, em seu poder, governa eternamente; os seus olhos vigiam as nações" (Sl 66:7).

"As rodas [Ez 1:15-26; 10:8] eram de um arranjo tão complicado, que à primeira vista pareciam uma confusão; não obstante elas se moviam em perfeita harmonia. Seres celestiais, sustentados e guiados pela mão sob as asas dos querubins, estavam impelindo essas rodas; acima deles, sobre o trono de safira, estava o Eterno; e ao redor do trono havia um arco-íris, símbolo da divina misericórdia. Assim como as rodas com aparência tão complicada estavam sob a guia da mão por baixo das asas dos querubins, também o complicado jogo dos eventos humanos está sob divino controle. Em meio a lutas e tumultos das nações, Aquele que Se assenta sobre querubins ainda guia os negócios da Terra". EGW, Profetas e Reis, p. 535, 536.

"Estudou [Satanás] os segredos dos laboratórios da Natureza, e emprega todo o seu poder para dirigir os elementos tanto quanto o permite Deus". EGW, O Grande Conflito, p. 589.

"Ao se afastarem os homens cada vez mais de Deus, Satanás recebe permissão para dominar sobre os filhos da desobediência. Ele lança a destruição entre os homens. Há calamidades em terra e mar. Propriedades e vidas são destruídas pelo fogo e por inundações. Satanás resolve atribuir isto aos que recusam curvar-se ante o ídolo estabelecido por ele. Seus agentes apontam para os adventistas do sétimo dia como a causa da perturbação. 'Estas pessoas se insurgem em desafio à lei', dizem eles. 'Elas profanam o domingo. Se fossem compelidas a obedecer à lei para a observância do domingo, cessariam estes terríveis juízos'". EGW, Maranata - O Senhor Vem!, p. 174 (MM 1977).

A salvação é responsabilidade de todos nós

"O vínculo das religiões com o meio ambiente não é novo. Tem existido praticamente desde que o homem é homem. Mas neste momento histórico, diante da crise das mudanças climáticas, adquire maior relevância. As Nações Unidas tem apresentado um programa abarcante, de três anos e meio de duração, que começará em 2009 a partir do Castelo de Windsor. Este une as maiores religiões do mundo no esforço de atacar o aquecimento global e promover a proteção dos recursos naturais".

El Nuevo Dia (Porto Rico), 13 de abril de 2008.

Fonte: Foro Adventista

NOTA Diário da Profecia: Recebi hoje um texto intitulado "Os domingos precisam de feriados", que na essência está absolutamente correto, mas perceba-se a idéia embutida em um de seus argumentos:

"Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta."

A idéia do planeta "descansar" 24 horas é cada vez mais óbvia. Para minha surpresa, procurando a fonte primária do texto, deparei-me com sua publicação em um site de nome "Mundo Sustentável", neste, encontrei ainda, para minha surpresa, Dalai Lama (espiritualismo), João Paulo II (catolicismo), Kardec (espiritismo), Leonardo Boff (socialismo) e o próprio articulista (judaísmo), em um mesmo contexto de defesa da natureza.

Quanto tempo para que outros segmentos, inclusive políticos, agregados, clamem por uma direção única?

"É acerca da lei de Deus que virá o último e grande conflito entre Cristo e Seus anjos e Satanás e os seus, e será decisivo para todo o mundo. ... Homens em posições de responsabilidade não só desatenderão e desprezarão o sábado eles mesmos, mas da tribuna sagrada instarão com o povo para que guardem o primeiro dia da semana, alegando a tradição e o costume em favor dessa instituição de feitura humana. Apontarão para as calamidades em terra e mar - as tempestades, as inundações, os terremotos, a destruição pelo fogo - como juízos indicadores do desprazer de Deus por não ser santificado o domingo. Essas calamidades aumentarão mais e mais, uma catástrofe seguirá de perto a outra; e os que quebrantam a lei de Deus apontarão para os poucos que observam o sábado do quarto mandamento como aqueles que trazem sobre o mundo a ira. Esta falsidade é estratégia de Satanás para apanhar os incautos". EGW, Serviço Cristão, p. 155

NOTA Minuto Profético: Todos os tipos de argumentos (outro aqui) serão apresentados para forjar um consenso global em torno de um suposto "inimigo comum": o aquecimento global. O objetivo final, na verdade, é implantar a Nova Ordem Mundial, onde as liberdades civis (e também a liberdade religiosa) sejam sacrificadas em "nome da segurança", ou seja, controle total das pessoas. "No tamanho da mentira sempre há contido certo fator de credibilidade, uma vez que a grande massa de pessoas cairá mais facilmente vítima de uma grande mentira do que de uma pequena". Adolf Hittler, Mein Kampf.

quarta-feira, abril 23, 2008

Tremor assusta moradores de São Paulo

O terremoto de 5,2 de magnitude na escala Richter registrado na terça-feira, 22, ocorreu em uma região incomum, longe das zonas de contato entre placas tectônicas onde costuma ocorrer esse tipo de abalo e surpreendeu os especialistas. O epicentro, a 215 quilômetros de São Vicente, no litoral paulista, foi bem no meio da Placa Sul-Americana. Esse tipo de tremor, chamado "intraplaca", responde por apenas 10% dos abalos sísmicos globais. (Leia mais: O Estado de São Paulo)

NOTA: "Haverá... terremotos em vários lugares. Porém tudo isto é o princípio das dores" (Mt 24:7, 8).

O verso acima foi extraído do sermão profético de Jesus (Mateus 24), onde Ele menciona os sinais que precederiam Seu retorno a este mundo, e a palavra traduzida por "dores", é a palavra grega odin, que significa "dores de parto", também encontrada em I Tessalonicenses 5:3. O grande sinal para uma mulher, de que o momento de dar à luz se aproxima, é o aumento da freqüência e intensidade das contrações. Assim também, a volta de Cristo será precedida por um significativo aumento em intensidade e em freqüência dos sinais que Ele especificou.

terça-feira, abril 22, 2008

A visita de Bento XVI aos EUA

Caros Amigos da Liberdade:

A semana passada foi bastante agitada em Washington. Não só a primavera finalmente chegou com toda a sua glória, mas o primeiro-ministro da Grã-Bretanha estava em visita de Estado na capital da nação. Não que você o soubesse. Na sexta-feira o Washington Post dedicou a sua primeira página ao Papa Bento XVI, com o Primeiro-Ministro britânico relegado à segunda página. Talvez isso seja adequado. Apesar de Joseph Stalin ser lembrado como perguntando sobre o Papa, "Quantas divisões [militares] ele tem?", os sucessores de Stalin descobriram a duras penas que o líder mundial de um bilhão de católicos pode exercer um enorme poder temporal.

Este poder esteve em evidência vezes sem conta durante a breve visita do Papa. O presidente Bush tomou a incomum iniciativa de ir à base aérea para receber o Papa em pessoa. Políticos americanos se empenharam em todas as oportunidades para obter tempo face a face com o Papa. Numa cidade acostumada a visitas de chefes de Estado, e sendo onde fica o presidente da nação mais poderosa da história, as medidas tomadas para acomodar o Papa foram excepcionais com o tráfego transformado em caos.

E não foi apenas o que o Papa fez que chamou a atenção geral, mas também o que ele não fez. Quando a Casa Branca promoveu um jantar oferecido pelo presidente dos Estados Unidos em honra do Papa, o Papa escolheu não comparecer. Talvez não pudesse ter havido forma mais elegante para declarar o prestígio relativo do papado e do presidente dos EUA.

Durante a visita do Papa, o Presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA apresentou um esboço das prioridades da Igreja Católica americana ao longo dos próximos anos, como segue:

"A conferência episcopal recentemente identificou o fortalecimento do casamento e da vida familiar como uma das cinco prioridades para a nossa atenção comum nos próximos vários anos. As outras quatro são proteger a vida e a dignidade da pessoa humana em todas as fases da jornada da vida; promover a fé no contexto da prática sacramental e a observância do culto dominical; fomentar vocações ao sacerdócio ordenado e vida consagrada; e beneficiar-se da diversidade cultural da igreja aqui, sobretudo a partir do dom dos católicos hispânicos."

Como o papado tem sido capaz de sobreviver ao assalto do protestantismo, secularismo e relativismo? Por que tantas pessoas atraídas ao Papa hoje? Talvez haja duas explicações. Num mundo de enorme incerteza, é confortador acreditar num líder infalível que você pode ver na carne e que emite orientações à medida que o mundo passa por mudanças. Em segundo lugar, a Igreja Católica tem-se mantido fiel aos suas principais reivindicações de base, recusando-se a fazer compromisso mesmo quanto a seus ensinos mais impopulares. Numa cidade onde as mensagens dos líderes mudam conforme os dados de pesquisas, a coragem de uma instituição em sustentar uma posição, não importa as conseqüências, parece quase sobrenatural em si mesma.

E, no entanto, para os cristãos adventistas do sétimo dia, o reconhecimento de poder, prestígio, e força do papado moderno é temperado por profundas e fundamentais diferenças teológicas. Acreditamos que só Deus é santo e, assim, rejeitamos o uso de um título atribuindo santidade a qualquer ser humano pecador. Além disso, apontamos a toda a humanidade um Salvador, um Advogado, e um só perdoador - e esse é o nosso Senhor Jesus Cristo. Nenhum ser humano tem o poder de perdoar o pecado ou o direito de postar-se entre um pecador e o seu Deus, e nenhum ser humano pecador pode mudar a lei de Deus, a fim de santificar o domingo.

Enquanto olhar apenas para o Cristo invisível em vez de um ser humano físico possa ser difícil às vezes, ao passo que viver com alguma ambigüidade sobre precisamente como aplicar as Escrituras aos desafios atuais possa ser inquietante, ao mesmo tempo em que a adoração simples e humilde não possa competir com a pompa papal, a beleza da própria Palavra de Deus e a força do Espírito Santo são mais do que suficientes, tanto nesta vida quanto na vida por vir.

Agora é o tempo para cada um de nós nos dedicarmos inteiramente a Deus, perseverantes na força da Sua Palavra e no poder do Seu Espírito.


Que Deus os abençoe,

James Standish
Diretor Executivo da North American Religious Liberty Association (NARLA).

Tradução: Azenilto Brito

Viagem do papa ajudou a conquistar os EUA

Adeus ao Papa que gosta da América. Bento XVI despediu-se este Domingo à noite dos EUA depois de uma visita de seis dias que, de 15 a 20 de Abril, o ajudou a conquistar o país. Na cerimónia de despedida, que contou com a presença do vice-presidente Dick Cheney, o Papa manifestou a sua gratidão pelas "experiências memoráveis destes dias", em particular aos mais altos responsáveis políticos norte-americanos e à Conferência Episcopal do país [...]

Em conclusão, Bento XVI voltou a conquistar a plateia com o célebre "God bless America". Dick Cheney, por seu lado, falou numa "semana memorável", em que os EUA aprenderam a respeitar "este mensageiro de paz, justiça e liberdade" [...] (Ecclesia)

NOTA: Parece que os EUA estão agora mais preparados para formarem a imagem da besta (Ap 13:12, 14): "A imagem da besta representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para imposição de seus dogmas". O Grande Conflito, p. 445.

domingo, abril 20, 2008

Bento XVI nos EUA - Parte 4


[ONU]: O Papa Bento XVI afirmou nesta sexta-feira [18], em discurso proferido à Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York, ... que o respeito aos direitos humanos é a chave para se resolver muitos dos problemas do mundo e ressaltou que a cooperação internacional está sendo ameaçada pelas "decisões de poucos".

"O consenso multilateral continua em crise porque está subordinado à decisão de um pequeno número", declarou. Depois de tocar na ferida dos casos de pedofilia na Igreja americana, durante encontros em Washington , Bento XVI assumiu mais a postura de estadista ao desembarcar em Nova York. (O Globo Online)

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, vinculou hoje a missão secular realizada pelas Nações Unidas no mundo com a mensagem pregada pelo Papa Bento XVI em favor da paz, do desenvolvimento e do diálogo entre culturas. Ban ofereceu, com estas palavras, suas boas-vindas ao Papa perante a Assembléia Geral das Nações Unidas, alguns minutos antes de o pontífice se dirigir às delegações dos países que integram o órgão legislativo multilateral.

"Sua Santidade, de muitas formas, sua missão é a nossa", afirmou o principal responsável das Nações Unidas. (Terra)

"Os direitos humanos são apresentados cada vez mais como a linguagem comum e o substrato ético das relações internacionais. Ao mesmo tempo, a universalidade, a indivisibilidade e a interdependência dos direitos humanos servem como garantia para a salvaguarda da dignidade humana... Estes direitos se baseiam na lei natural inscrita no coração do homem e presente nas diferentes culturas e civilizações", afirmou Bento XVI. (Zenit)

[Sinagoga]: Uma sinagoga de Nova York deu ao papa Bento 16 uma calorosa acolhida nesta sexta-feira [18], quando o rabino chefe elogiou seu trabalho de diálogo inter-religioso e por ele reduzir as recentes tensões entre católicos e judeus.

"Um caloroso shalom. Willkommen", disse Arthur Schneier, rabino chefe da Sinagoga de Park East Synagogue, usando a palavra em hebraico para "paz" e a palavra em alemão para "bem-vindo".

A visita na véspera da Páscoa Judaica, que marca a Hégira do Egito, foi a terceira de um papa num templo judaico. O pontífice visitou uma em Colônia, na Alemanha, em 2005, e o antecessor dele, papa João Paulo 2o, foi a uma sinagoga de Roma em 1986. (O Globo Online)

[Igreja São José]: No encontro ecumênico de ontem [18] na igreja de São José, em Nova York, Bento XVI se encontrou com a filha de Martin Luther King... "aquilo que nós falamos é uma coisa particular". Ela é uma expoente da Igreja Batista Missionária do Novo Nascimento em Lithonia, na Geórgia. (Rádio Vaticano)

[Catedral St Patrick]: Bento XVI realizou neste sábado (19) na catedral de St. Patrick, em Nova York, a primeira missa de um papa neste templo, enquanto do lado de fora milhares de fiéis esperavam sua saída sob a vigilância de helicópteros que trabalhavam na segurança. O ato religioso é considerado um momento histórico, já que, apesar de Paulo VI e João Paulo II terem ido à catedral durante suas respectivas visitas a Manhattam, ambos não celebraram uma missa como fez hoje seu sucessor. (Portal G1).

[Marco Zero]: O papa Bento XVI visitou neste domingo (20) o Marco Zero em Nova York, local onde ficavam as Torres Gêmeas antes dos atentados de 11 de Setembro de 2001, e rezou para que a paz chegue a um "mundo violento". No cenário do pior atentado terrorista ocorrido em território americano, Bento XVI encontrou 24 pessoas, que representavam as cerca de 3.000 vítimas do atentado, entre elas parentes de vítimas, sobreviventes, policiais, bombeiros e membros da Defesa Civil. (Portal G1)

Em tempo: O papa Bento XVI afirmou neste domingo (20) que qualquer decisão da vida política não pode prescindir da fé, durante sua homilia no estádio do time de beisebol New York Yankees no último dia de sua visita aos Estados Unidos. O líder da Igreja Católica celebrou uma missa para 57 mil pessoas no local.

"É necessário rejeitar a falsa dicotomia entre fé e vida política", declarou o papa, que afirmou que "nenhuma atividade humana, nem sequer nos assuntos temporários, pode descartar a soberania de Deus". (Portal G1)

Galeria de fotos: USA Today, New York Times St. Patrick, New York Times Ground Zero, New York Times Yankee Stadium, Chicago Tribune.

Dia off-line

Em Quebec, Canadá, dois profissionais da computação estão organizando um "dia mundial off-line", marcado para o dia 3 de maio. Denis Bystrov e Ashutosh Rajekar, os responsáveis pelo projeto, até criaram um site, o Shut Down Day, para poderem divulgar o movimento.

Apesar de esse ser um movimento organizado, outros internautas já descobriram, sozinhos, que precisam tirar férias da tecnologia. Sharon Sarmiento, por exemplo, viu que era hora de se desconectar quando até seus sonhos envolviam posts de blogs e mensagens instantâneas. Já para Ariel Meadows Stallings, as horas gastas no universo virtual a fizeram sentir como se tivesse passado por um coma alcoólico.

As duas internautas e também os responsáveis pelo projeto Shut Down Day são adeptos de uma filosofia segundo a qual os usuários da tecnologia, viciados em internet, usuários maníacos de Blackberries e remetentes compulsivos de mensagens instantâneas devem retomar o controle de suas vidas ousando se desconectar - nem que por apenas um dia.

"Acredito que exista alguma porção de nós onde exista o bom senso, que nos faz parar e pensar que as coisas foram longe demais e que vivemos conectados em excesso", disse Sarmiento, dona de uma empresa virtual e blogueira profissional, no Alabama. "É como se nossas cabeças fossem em milhões de direções diferentes ao mesmo tempo. Assim, reservar um dia para ficar completamente desligada de qualquer força tecnológica permite que recuperemos nossa conexão com o mundo real", disse ela.

Stallings, 33, escritora, blogueira e executiva de marketing em tempo parcial para a Microsoft, em Seattle, em janeiro adotou a resolução de passar "52 noites desconectada". "Amo a tecnologia. Não sou inimiga das máquinas. Mas compreendi que tinha um problema quando percebi que ocasionalmente eu me sentava em frente ao computador para verificar e-mails e era como se acordasse apenas seis horas mais tarde, assistindo a vídeos de animais no YouTube", disse.

"Eu tentava recordar o que havia feito nas duas horas passadas e nem fazia idéia. Associo essa experiência àquela sensação de que o tempo passou sem que saibamos o que estávamos fazendo, que nos afeta depois de uma forte bebedeira", disse. Depois de perceber o vício, Stallings mantém agora seu computador, celular e televisão desligados em todas as noites de quarta-feira.

E numa ironia, ela rapidamente disseminou a idéia por meio do seu blog e se conectou a milhares de pessoas ao redor do mundo que habitualmente mandam mensagens de texto enquanto dirigem, levam seus laptops para o banheiro ou checam e-mails durante o jantar.

"Eu achava que era um problema que afetava somente a mim e meus colegas geeks. Mas então comecei a perceber que italianos têm os mesmos problemas, junto com poloneses e tchecos, e também já recebi comentários de pessoas na Colômbia", afirmou. "Então eu percebi que isso não é apenas um problema americano, mas internacional", acrescentou.

Sarmiento, que escreve o blog eSoup, disse ter retomado a pintura e começado a se envolver em projetos de voluntários desde que começou seu "dia de descanso digital", há dois meses.

"Eu já sonhei que estava blogando. Eu já naveguei pela internet nos meus sonhos algumas vezes. E se eu começo a ouvir sons imaginários de mensagens chegando em meu computador quando estou no quintal de casa, isso me diz que passei muito tempo on-line", disse Sarmiento.

Enquanto isso, Stallings começou aulas de dança com seu marido, a se encontrar com amigos e a escrever cartas, à mão, claro. Ela aguarda ansiosa o dia em que a tecnologia alcançar a necessidade de descanso digital. "Haverá celulares que poderão ser configurados para não receber e-mails depois das cinco da tarde do sábado ou aos domingos", disse ela. [Grifo acrescentado]

Fonte: (Portal G1)

NOTA: O equilíbrio (temperança) é algo bom e necessário para todos. A grande questão desta matéria é a sugestão ao final de celulares "que poderão ser configurados para não receber e-mails depois das cinco da tarde do sábado ou aos domingos". Embora seja uma simples opinião pessoal, não deixa de ser preocupante. Vários costumes que hoje são globais começaram com uma simples sugestão. E como ficarão aquelas pessoas que praticam o dia off-line sempre aos sábados? Se você quer saber as implicações religiosas desta sugestão leia aqui.

sábado, abril 19, 2008

O papa verde


17 de abril de 2008
Pode ser conhecido por soltar sinais de fumaça quando um novo papa é eleito, mas o Vaticano é atualmente o único estado soberano do mundo que pode reivindicar ser carbono-neutro. Isso significa que todas as emissões de gases de efeito estufa da Santa Sé são compensadas com as energias renováveis e os créditos de carbono.

No verão passado os antigos edifícios da cidade-estado foram equipados com painéis solares, que pretendem ser uma fonte chave de eletricidade, e uma empresa de eco-restauração doou árvores suficientes em um parque nacional húngaro para anular todo o carbono emitido da Cidade do Vaticano, num total de cerca de 320 m2.

Ambos os movimentos foram abraçados pelo papa Bento XVI, que não somente cuida da igreja global, mas também serve como administrador-chefe de operação do Vaticano. E tanto em círculos religiosos quanto seculares Bento XVI ganhou o título de "Papa verde"; Além dos esforços para tornar a cidade do Vaticano mais ambientalmente eficiente, ele igualmente usa a doutrina católico romana para emfatizar a responsabilidade humana de cuidar do planeta.

Bento XVI não é o primeiro papa a abordar a questão da degradação ambiental. Seu antecessor, João Paulo II, certa vez descreveu as preocupações ambientais como uma " questão moral"; e observou desde 1990 que as pessoas têm "uma grave responsabilidade de preservar a ordem da terra para o bem estar das futuras gerações." Entretanto, o novo pontífice tem feito do verde uma parte central de seus ensinos e da elaboração de políticas. Poucos meses depois de ter sido eleito papa, Bento XVI afirmou na sua primeira homilia como pontífice que "os tesouros da terra têm servido aos poderes de exploração e destruição" e apelou aos católicos para ser melhores mordomos da criação de Deus. Na primavera passada no Vaticano, em uma conferência dedicada às mudanças climáticas, Bento XVI anunciou que os cidadãos do mundo têm que "focar as necessidades de um desenvolvimento sustentável." Essa mensagem foi levada um pouco mais longe quando a igreja no mês passado anunciou sete novos pecados que agora requerem arrependimento. O número quatro na lista foi "poluição ambiental." Entre outros como "provocar injustiça social" e "tornar-se excessivamente rico", ambos os quais também são ligados a cuidar da terra, diz um porta-voz do Vaticano.

Bento XVI não pode ser um típico ambientalista no sentido moderno secular. O Vaticano não vai dizer se ele tenta economizar gasolina em seu próprio solo ou se usa dispositivos como lâmpadas econômicas de energia. Para ele a questão verde parece ser mais sobre ser um mordomo da criação de Deus. Falando aos fiéis, ele salienta que cuidar da terra fala diretamente para proteger o que a Bíblia diz que foi criado em Gênesis.

Ele também fez uma ligação entre o modo como um estilo de vida verde enquadra-se na responsabilidade de proteger as comunidades mais pobres do mundo, que muitas vezes são os primeiros a sentir os efeitos ecológicos de uma mudança climática, como inundações ou secas, o que pode gerar conflitos sobre os recursos naturais. "Quando você tem uma questão recebendo tanta atenção, há um grande número de vozes falando sobre isso. Bento XVI sabe disso e quer um lugar à mesa", diz Lucia Silecchia, professora de direito social da Universidade Católica, que publicou um documento no ano passado intitulado: "Identificando as Perspectivas Ambientais do Papa Bento XVI." "Ele viu isso como uma maneira de impulsionar os valores da Igreja em um novo contexto".

Raymond Arroyo, diretor de notícias da Eternal Word Television Network (EWTN), [NOTA: Rede de Televisão Católica norte-americana], (e um colaborador ocasional da NEWSWEEK), acredita que o papa vê a consciência ambiental como um elo para a doutrina católica e os ensinamentos sociais, sobretudo o valor da vida. "Ele está mantendo a sua mensagem sobre a terra coerente com as outras mensagens. Ele ouve o que as pessoas estão dizendo, 'Este é um grande problema.' E ele está dizendo, 'Você está certo, mas o sofrimento das crianças nestas partes do mundo também é um grande problema.' É tudo o mesmo argumento. Eu não acho que ele ame a terra como uma questão em si mesma, mas a vê como uma coisa entre muitas que o Criador concebeu. Ele só está destacando-a".

Não surpreendentemente, então, entre as soluções, Bento XVI propõe igualmente o valor da vida humana acima de qualquer outra coisa. Em um discurso numa audiência na Praça de São Pedro, em 2005, ele reivindicou que os seres humanos são "as únicas de todas as criaturas desta terra que podem estabelecer uma relação livre e consciente com seu Criador". Em outras palavras, diz Silecchia, não é provável que o Vaticano se volte a soluções ambientais centradas na redução da população humana ou na limitação da utilização dos recursos da terra para apoiar a subsistência humana.

Até agora, o papa não tem enfatizado questões ecológicas durante sua visita aos EUA. Todavia, isso poderá mudar quando ele dirigir-se à Assembleia Geral das Nações Unidas, na sexta-feira. Como ele fará isso é suposição de qualquer um, mas as probabilidades são de que ele não vá censurar os dirigentes governamentais pela falta de ação ou prioridades erradas. Em vez disso é esperado ele usar o púlpito para sublinhar o efeito da mudança climática global sobre os recursos e, com efeito, o que poderia significar um ecossistema instável para a paz, o equilíbrio e o futuro do mundo. É um argumento abrangente que o papa verde parece singularmente qualificado para fazer.

(Online)

NOTA: A sagacidade de Roma é digna de nota. Usando de argumentos morais (alguns deles corretos por sinal), o bispo de Roma, assume o papel de "defensor da Terra e dos pobres" (não que isso em si seja errado), e com sedutoras palavras tem conseguido enfeitiçar até mesmo a maior nação protestante do mundo - baluarte da liberdade religiosa. Concordo com o chefe da Igreja Católica que o cuidado da Terra é uma questão de mordomia cristã. Porém, pelo fato de Roma só multiplicar suas palavras, mas não ter mudado em nada sua essência, é um grande perigo os EUA (e o mundo todo) conceder ao bispo de Roma tão grande destaque em sua política. Sem dúvida, isso acabará por influenciar os EUA a querer copiar o modelo de Igreja/Estado que Roma adotou desde seus primórdios e mantém até hoje, o que, na prática, seria um desastroso retorno à Idade Média, com direito até ao ressurgimento da Inquisição. Com o título de "papa verde", parece que não há mais dúvida de que também tornou-se líder do ECOmenismo.

Bush chama a visita papal de "inacreditável"



NOTA: Ainda que pareça uma estratégia política para ganhar pontos junto a opinião pública americana, essa declaração de George Bush se encaixa na profecia de Apocalipse 13:3: "E toda a terra se maravilhou seguindo a besta".

O porquê o papa fala aos evangélicos também


18 de abril de 2008
Eu admiro o Papa Bento XVI, assim como eu admirei seus recentes antecessores. Como um evangélico protestante, eu não acredito em "autoridade papal". Mas eu o vejo como tendo um papel pastoral importante na comunidade Cristã mais ampla. De várias maneiras e sobre muitos assuntos, ele fala para mim. Então eu oro pelo sucesso desta importante visita aos Estados Unidos.

Eu sei que eu não estou sozinho como um admirador evangélico do papa. Nós evangélicos temos uma longa história de anti-catolicismo. Muitos de nós se lembram dos dias quando nós afirmávamos que o papa Católico era "o anticristo". Mas nossas atitudes tem sido gradualmente mudadas desde o Vaticano II - embora nós ainda não somos sempre claros sobre como expressar estas novas atitudes em termos teológicos.

Alguns de nós estão trabalhando nisso. No Seminário Fuller nós estabelecemos um diálogo Católico-evangélico em 1987, em cooperação com a Arquidiocese católica de Los Angeles, e isso ainda continua. Nós adoramos juntos e discutimos nossas desavenças teológicas em tons amigáveis. E discussões similares entre protestantes e católicos estão tomando lugar em vários outros contextos. Esta visita pode ser uma importante tentativa em nossas mãos [...]

Isto é o que o teólogo Timothy George tem rotulado de "o ecumenismo de trincheiras" - o encontro de vários católicos e protestantes "comuns" que tem descoberto interesses morais comuns e compartilhado alvos espirituais. Eu oro para que o Papa Bento XVI venha encorajar este excitante tipo de diálogo e cooperação.

O chamado do papa para um "reavivamento moral" que criará um mundo melhor para nossa juventude é especialmente esperançoso. Nós necessitamos palavras de reconciliação e esperança justamente agora, não somente para os estimados 70 milhões de católicos nos EUA, mas também para os presbiterianos, batistas, episcopais, nazarenos, pentecostais, e outras comunidades de fé [...]

Blog

NOTA: "Os protestantes têm-se intrometido com o papado, patrocinando-o; têm usado de transigência e feito concessões que os próprios romanistas se surpreendem de ver e não compreendem. Os homens cerram os olhos ao verdadeiro caráter do romanismo, e aos perigos que se devem recear com a sua supremacia. O povo necessita ser despertado a fim de resistir aos avanços deste perigosíssimo inimigo da liberdade civil e religiosa". O Grande Conflito, p. 566.
"Faz parte de sua política assumir o caráter que melhor cumpra o seu propósito; mas sob a aparência variável do camaleão, oculta o invariável veneno da serpente... O catolicismo na verdade em muito se assemelha ao protestantismo que hoje existe; pois o protestantismo moderno muito se distancia daquele dos dias da Reforma". Ibidem, p. 571.

sexta-feira, abril 18, 2008

Vestimentas de época: As linhas filosóficas tecidas nas vestes papais


Com todos os especialistas analisando as opiniões de Bento XVI sobre a política externa americana e as mazelas da Igreja Católica, nós sabemos que há aqueles de vocês que levantam um simples pedido: Pode alguém dizer-me quando os papas começaram a usar renda e colares de arminho?

Há muito tempo atrás, na verdade. E este é o ponto.

Para aqueles que prestam atenção na moda vaticana, Bento XVI tem causado barulho desde que entrou no escritório, por reviver os mais ornamentados estilos clericais que remontam, em alguns casos, aos séculos XV e XVI. Chapéus mais altos (ou mitras). Gorros vermelhos de veludo. Capas pesadamente bordadas.

Isso pode passar pela cabeça do espectador comum ao mudar os canais hoje [17] e assistir Bento XVI celebrar a missa no Nationals Park. Mas para aqueles preocupados com a direção da Igreja Católica Apostólica Romana, isso é objeto de preocupação. Será que isso significa que Bento XVI pretende levar a igreja de volta ao passado e, em caso afirmativo, por quais caminhos? Ou será que isto significa simplesmente que este culto, pianista e teólogo alemão tem uma apreciação pelo drama e teatro da religião?

Católicos tradicionais têm se sentido nas nuvens desde que Bento XVI foi eleito e começou a reviver antigos aspectos da vida da igreja, como a missa latina, o canto gregoriano e a música renascentista para a adoração, em oposição a gêneros espirituais contemporâneos como o jazz e o gospel. Eles vêem em suas roupas uma poderosa mensagem simbólica que diz algo ao mundo contemporâneo: A Igreja Católica não está mudando, não naquilo que seja um fracasso certo, e certamente não no aborto ou o casamento entre homossexuais ou celibato sacerdotal.

Notando que Bento XVI está escolhendo estilos de décadas, mesmo de séculos anteriores ao Vaticano II, alguns reformadores demonstram preocupação com o que as escolhas de vestuário do pontífice possa indicar.

Eles "se preocupam que este estilo retrô venha acompanhado do também antigo autoritarismo", escreveu David Gibson, um biógrafo de Bento XVI e bem conhecido blogueiro Católico, em um recente ensaio publicado pela Religion News Service.

O porquê do papa estar vestindo pele e renda é objeto de alguma sensibilidade. Em 25 anos à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, Bento XVI desenvolveu uma reputação de rigidez, mesmo que isso significasse prejudicar a carreira de teólogos católicos que desafiaram o pensamento convencional da igreja.

Na semana passada, o "mestre de cerimônias" papal colocou abaixo o comentário de que o papa estaria tentando trazer a igreja novamente para a "idade das trevas". O mesmo afirmou que Bento XVI quer simplesmente que os católicos vejam a gama completa de adoração tradicional. "Essas não são coisas novas", afirmou.

Sobre o apontamento de que Bento XVI estaria inclusive utilizando-se de calçados Prada, uma gerente de loja que serve o mesmo disse: "Isso é blasfêmia!" Este quadro contrasta com JPII que era muito simples neste quesito.

Por outro lado, o Rev. Keith Pecklers, um jesuíta professor de liturgia na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma advertido que este movimento do papa não pode ser substimado e afirmou que "Bento XVI tem um grande e aguçado interesse por liturgia", o que não se percebia em JPII e, que ouviu com estupefação de um bispo ortodoxo o grande significado de vê-lo vestindo certos adereços que indicam, segundo este bispo, a intenção de Bento XVI em unir a igreja oriental à ocidental.

"Em sua opinião é muito clara a preocupação com o crescimento do secularismo no mundo desenvolvido, a perda da fé, a perda de convicção religiosa", disse Pecklers. "Portanto, existe claramente um sentimento de regresso às suas bases fundamentais, ajudando o seu rebanho a voltar ao que é fundamental"...

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Tradução: Diário da Profecia

Em tempo: Por que Bento XVI usa sapatos vermelhos? Segundo o professor de teologia da Universidade de Notre Dame, Lawrence Cunningham, "os sapatos vermelhos do papa simbolizam o sangue do martírio. Tradicionalmente, na Igreja Católica, a cor vermelha celebra o sangue do martírio... Fogo e vermelho são identificados com o Espírito Santo". (Philippine Daily Inquirer)

Bento XVI nos EUA - Parte 3

[A missa]- O Papa Bento XVI foi recebido nesta quinta-feira com entusiasmo por uma multidão de 48.000 católicos americanos que o acolheram no Nationals Park Stadium de Washington onde celebrou a primeira missa pública da viagem aos Estados Unidos. (AFP)

[Reunião não agendada]- O papa Bento 16 se encontrou com vítimas de abusos sexuais perpetrados por padres nos Estados Unidos, em um exemplo sem precedentes na história do Vaticano. Por cerca de 25 minutos, o pontífice se encontrou com um grupo de seis vítimas na Embaixada vaticana em Washington. Um porta-voz da Santa Sé disse que Bento 16 rezou com as vítimas e pelas vítimas, algumas das quais estavam em lágrimas... Após o encontro, a diretora de uma organização de vítimas de abuso, Bárbara Dorris, qualificou a reunião de "um gesto maravilhoso", mas insuficiente.

"Esperamos que a reunião tenha ajudado as vítimas a se restabelecer, e que isto as ajude em seu caminho para encontrar paz", avaliou Dorris.

"Mas nossa preocupação é que, apesar deste gesto maravilhoso, e dos pedidos de desculpa, e de saber que o Santo Padre está sofrendo, nosso temor é que ele ainda não esteja tomando medidas decisivas." (BBC Brasil)

[Encontro com líderes religiosos]- Bento XVI estimou que o diálogo entre religiões não deve se privar de "descobrir os pontos comuns e de discutir com calma nossas diferenças".

"Deixemos que outros aprendam com sua experiência, que se dêem conta que uma sociedade unida pode surgir da pluralidade do povo, se todos reconhecerem a liberdade religiosa como um direito civil elementar", insistiu Bento XVI.

"Hoje, nas salas de aula de todo o país, há jovens cristãos, judeus, muçulmanos, hindus, budistas e crianças de todas as religiões sentadas juntas, aprendendo com os outros", disse o Papa. (AFP)

Galeria de fotos: New York Times, Washington Post, USA Today, Chicago Tribune.

Continua...

quinta-feira, abril 17, 2008

Bento XVI nos EUA - Parte 2














Afirmando ter vindo aos Estados Unidos como amigo, o papa Bento 16 conclamou na quarta-feira os norte-americanos e seus líderes a basearem suas decisões políticas e sociais em princípios morais e a criarem uma sociedade mais justa [...]

"Eu venho aqui como um amigo, um pastor do Evangelho e um homem que nutre um grande respeito por esta vasta sociedade pluralista", afirmou Bento 16 em um discurso proferido após Bush ter dado as boas-vindas ao líder católico em uma cerimônia realizada na Casa Branca e que incluiu uma salva de 21 tiros [...]

"Aqui nos EUA, o senhor encontrará uma nação que recebe de braços abertos a influência da religião no cenário público", disse Bush [...]

O papa, em seu discurso, falou bastante sobre as raízes religiosas dos EUA. "À medida que esta nação depara-se com as cada vez mais complexas questões políticas e éticas da nossa era, tenho certeza de que o povo norte-americano encontrará em suas crenças religiosas uma fonte valiosa de idéias e inspiração", afirmou.

"A democracia só pode florescer, como perceberam os seus pais fundadores, quando os líderes políticos e aqueles a quem representam são guiados pela verdade e quando se utilizam da sabedoria calcada em princípios morais sólidos para tomar decisões concernentes à vida e ao futuro da nação", disse o papa [...] (Último Segundo)

"Em um mundo em que alguns não acreditam ser possível distinguir entre o certo e o errado, precisamos de sua mensagem para rejeitar esta ditadura do relativismo", disse Bush.

"Estou confiante em que o povo americano encontrará em suas crenças religiosas uma preciosa fonte de compreensão e inspiração para encontrar um diálogo sensato, responsável e respeitoso no esforço de construir uma sociedade mais humana e livre", respondeu Bento 16. "Deus abençoe a América." (BBC Brasil)

Ao receber hoje [16] o papa Bento XVI na Casa Branca, o presidente norte-americano George W. Bush deu suas boas-vindas ao Pontífice, dizendo que os Estados Unidos deve combater o relativismo e buscar uma lei moral comum para todos. (ANSA)

Relembrando o ensinamento do Papa João Paulo II, Bento XVI afirmou que "em um mundo sem verdade, a liberdade perde seu fundamento, e a democracia sem valores pode perder sua alma". (Zenit)

[Encontro com bispos]- "É acaso coerente professar nossa fé no domingo no templo e logo, durante a semana, dedicar-se a negócios ou promover intervenções médicas contrárias a esta fé?", perguntou o Papa.

"Seria talvez coerente para católicos praticantes ignorar ou explorar os pobres e marginalizados, promover comportamentos sexuais contrários ao ensinamento moral católico, ou adotar posições que contradizem o direito à vida de cada ser humano desde sua concepção até sua morte natural?", seguiu perguntando.

"É necessário resistir a toda tendência que considere a religião como um fato privado. Só quando a fé impregna cada aspecto da vida, os cristãos se abrem verdadeiramente à força transformadora do Evangelho", afirmou [...]

"Nos Estados Unidos, como em outras partes, há atualmente muitas leis já em vigor ou em discussão que suscitam preocupação desde o ponto de vista da moralidade, e a comunidade católica, sob vossa guia, deve oferecer um testemunho claro e unitário sobre estas matérias".

"Não obstante, é mais importante ainda a abertura gradual das mentes e dos corações da comunidade mais ampla à verdade moral: aqui há ainda muito por fazer. Neste âmbito é crucial o papel dos fiéis leigos para atuarem como 'fermento' na sociedade".

"Contudo, não se deve dar por pressuposto que todos os cidadãos católicos pensem de acordo com o ensinamento da Igreja sobre as questões éticas fundamentais de hoje. Uma vez mais é vosso dever procurar que a formação moral oferecida a cada nível da vida eclesial reflita o autêntico ensinamento do Evangelho da vida". (Zenit)

Galeria de fotos: Washington Post; Daily Telegraph 01, 02, 03, 04, 05; USA Today, Chicago Tribune.

Continua...

quarta-feira, abril 16, 2008

A imagem da besta

"Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada... dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu" (Ap 13:12, 14).


Que poder é simbolizado pela primeira besta (Ap 13:1-10)?
Animais na profecia representam reinos (políticos) - Dn 7:17. E "besta", em particular, representa um reino cujo poder é exercido pela política e a religião em conjunto. A primeira besta de Apocalipse 13, portanto, é o poder religioso de Roma que alcançou sua supremacia entre os anos 538 d.C. e 1798 d. C.

"Quando se corrompeu a primitiva igreja, afastando-se da simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagãos, perdeu o Espírito e o poder de Deus; e, para que pudesse governar a consciência do povo, procurou o apoio do poder secular. Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e o empregava para favorecer aos seus próprios fins, especialmente na punição da 'heresia'... Foi a apostasia que levou a igreja primitiva a procurar o auxílio do governo civil, e isto preparou o caminho para o desenvolvimento do papado - a besta". O Grande Conflito, p. 443.

Como e quando a segunda besta formará uma imagem da primeira besta?
"Assim a apostasia na igreja [protestante] preparará o caminho para a imagem da besta". O Grande Conflito, p. 444.

"A fim de formarem os Estados Unidos uma imagem da besta, o poder religioso deve a tal ponto dirigir o governo civil que a autoridade do Estado também seja empregada pela igreja para realizar os seus próprios fins". Ibidem, p. 443.

"Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a inflição de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável". Ibidem, p. 445.

Quanto tempo falta para essa profecia se cumprir?
Descubra você mesmo... depois de ler aqui, aqui e também aqui.

Em tempo: Outro texto importante - "George Bush: o primeiro presidente católico".

Discurso contra islã radical une Bush e Bento XVI


16 de abril de 2008
Apesar de discordarem em aspectos importantes da política internacional - o papa é crítico duro da invasão do Iraque, por exemplo -, Bento 16 e George W. Bush pensam igual no que foi um dos pontos centrais dos dois mandatos do presidente americano e deve ser o do papado atual: o combate ao radicalismo islâmico.

Embora não tenha erguido a bandeira de forma explícita, Bento 16 vem marcando os três anos de seu pontificado por ações planejadas - e de resultados polêmicos - para mostrar o que pensa a respeito do que o ocupante da Casa Branca chama de islamo-fascismo. Foi assim, por exemplo, ao batizar com alarde um conhecido jornalista italiano muçulmano convertido na última Páscoa. Foi assim, também, em um sermão em 2006, na Alemanha, em que citou a frase de um imperador bizantino do século 15 que criticava Maomé por expandir "pela espada" a sua religião. A fala causou protestos no mundo muçulmano e custou a vida de uma freira. Apesar de ter dito não ser "cruzado", Bento 16 entrou na mira do terrorista Osama Bin Laden, que em março o acusou em vídeo de liderar campanha antiislã.

Para George Weigel, o discurso de 2006 pode ser para Bento 16 o equivalente à viagem à Polônia comunista, em 1979, de seu antecessor, João Paulo 2º: a definição da missão de seu papado. "Se vai ser bem-sucedido o corajoso esforço do papa de colocar na agenda a luta pela reforma do islã, só vamos saber em 50 ou 100 anos", disse ele à Folha. "Mas essa conversa tinha de começar em algum momento, e esse papa decidiu que esse momento é agora", afirmou Weigel, um dos mais renomados teólogos católicos americanos. É uma estratégia, sim, concorda Noah Feldman, professor de Direito da Universidade Harvard. "A prática verbal do papa até agora tem sido ocasionalmente, digamos, profundamente negativa sobre aspectos do islã", disse ele em debate no Council on Foreign Relations, em Washington. "Isso lhe trouxe muita oposição dentro do mundo muçulmano, mas tem sido muito bom para ele politicamente na Europa", ansiosa em relação à ascensão dessa religião.

Até sobre o Iraque, as visões não são tão diferentes, defende Weigel. "A Santa Sé e a Casa Branca estão na mesma página quanto ao país hoje, diferente do que houve em 2003", disse o teólogo. "Ambos defendem um país estável e com liberdade religiosa." Outro ponto em comum é a condenação do aborto e da pesquisa com células-tronco.