quinta-feira, janeiro 28, 2010

As previsões do clima ainda podem ser confiáveis?

Primeiro, foi uma série de e-mails que levou muitos a começarem a duvidar da veracidade dos cientistas climáticos. Depois, a própria entidade da ONU teve que mudar as previsões sombrias sobre o derretimento das geleiras do Himalaia. Outras alegações também levantaram dúvidas.

A geleira Siachen é lar de uma das maiores crises do mundo. Aqui, a 6 mil metros acima do nível do mar, soldados indianos e paquistaneses se enfrentam, protegidos em posições altamente armadas.

A disputa de fronteira em andamento entre as duas potências nucleares já custou as vidas de 4 mil homens – a maioria deles por exposição ao frio.

Agora a geleira do Himalaia também está no centro de uma disputa científica. Em seu atual relatório, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) prevê que a geleira, que tem 71 quilômetros de comprimento, poderia desaparecer até 2035. Ele também prevê que outras 45 mil geleiras na mais alta cadeia de montanhas do mundo virtualmente desaparecerão até lá, com consequências drásticas para bilhões de pessoas na Ásia, cuja vida dependa da água que se origina no Himalaia. O relatório do IPCC levou ativistas ambientais a soarem o alarme a respeito de um drama que pode estar se desdobrando no "terceiro pólo do mundo".

"É claro, este prognóstico é uma completa tolice", diz John Shroder, um geólogo e especialista em geleiras da Universidade do Nebraska, em Omaha. Os resultados de sua pesquisa dizem uma história completamente diferente.

Nas últimas três décadas, o glaciólogo americano tem percorrido as montanhas majestosas da região do Himalaia, particularmente a Cordilheira Karakorum, com seus instrumentos de medição. As descobertas que ele fez não são consistentes com a avaliação do IPCC. "Apesar de muitas geleiras estarem encolhendo, outras estão estáveis e algumas estão até mesmo crescendo", diz Shroder.

O erro em torno das geleiras do Himalaia provocou protestos no mundo da climatologia. Alguns já estão usando o termo "Glaciergate" em referência ao escândalo em torno da alegação cientificamente indefensável no quarto levantamento do IPCC, que a entidade da ONU para o clima publica a cada cinco anos. O quarto relatório de levantamento foi publicado originalmente em 2007. Na semana passada, o IPCC retirou a afirmação errônea e pediu desculpas pelo erro.

O ministro do Meio Ambiente alemão, Nobert Röttgen, um membro da União Democrática Cristã (CDU) de centro-direita, também está irritado com o incidente. "O erro no relatório do IPCC é sério e não deveria ter ocorrido", disse Röttgen para a Spiegel. "A exatidão científica é uma condição vital para a credibilidade das conclusões políticas que chegamos como resultado." Apesar do ministro ainda ter confiança na validade geral do relatório do IPCC, ele deseja ver "uma ampla investigação sobre como o erro se originou e foi comunicado".

Mas por que essa alegação claramente equivocada não foi notada há muito tempo por pelo menos um dos 3 mil cientistas que contribuíram para o relatório do IPCC? "O que é realmente incrível é que esse erro permaneceu sem ser corrigido por muito tempo", diz Shroder.

Errar é humano, dizem representantes do IPCC como Ottman Edenhofer, do Instituto para Pesquisa do Impacto Climático, em Potsdam. "Nós não deveríamos questionar a credibilidade de um relatório de quase 3 mil páginas por causa de um único erro."

Mas outros climatólogos estão pedindo por consequências. Eles insistem que o presidente do IPCC e ganhador do Nobel, Rajendra Pachauri, não é mais aceitável como chefe do painel, particularmente devido ao seu envolvimento pessoal no assunto. "Pachauri deveria renunciar, para evitar maiores danos ao IPCC", diz o climatólogo alemão Hans von Storch. "Ele usou o argumento da suposta ameaça à geleira do Himalaia em seus esforços especiais para arrecadação de fundos para pesquisa." Storm alega que o cientista indiano não ordenou a retratação da previsão errônea até ela gerar uma considerável pressão pública.

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Fonte: Spiegel

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Chance de encontrar extraterrestres é maior do que nunca

As chances de se descobrir vida fora da Terra são maiores do que nunca, segundo afirma Martin Rees, o principal astrônomo britânico e presidente da Royal Society, a academia de ciências da Grã-Bretanha.

A Royal Society organiza a partir desta segunda-feira em Londres uma conferência com pesquisadores de várias partes do mundo para discutir as perspectivas de se encontrar formas de vida extraterrestres.

Segundo Rees, que em 1995 foi agraciado com o título de Astrônomo Real, uma descoberta como essa poderia representar um momento de mudança para a humanidade, alterando nossa visão de nós mesmos e de nosso lugar no cosmos.

Cientistas de todo mundo vêm analisando sinais do espaço em busca de emissões de ondas sonoras feitas por seres inteligentes fora da Terra, mas tudo o que conseguiram captar até hoje foi estática...

Fonte: BBC Brasil

Cientistas de diversas áreas do conhecimento estão reunidos desde a manhã desta segunda-feira na Grã-Bretanha para uma séria discussão em torno da existência de vida em outros planetas. O encontro de dois dias, organizado pela Royal Society - a conceituada Academia de Ciências britânica - e realizado em Londres, tem como tema "A descoberta de vida extraterrestre e suas consequências para a ciência e a sociedade".

A conferência conta com representantes da Nasa, da Agência Espacial Europeia e do escritório da ONU dedicado aos assuntos extraterrestres, além do presidente da Royal Society, Lorde Rees. Ela marca os 50 anos do programa "Busca por Inteligência Extraterrestre", conhecido pela sigla Seti. Durante o encontro, serão debatidas várias perspectivas e formas de se procurar os extraterrestres, diante dos avanços tecnológicos que facilitam essa busca. Em abril, haverá uma nova conferência sobre o assunto, no Texas (EUA).

Apesar de até hoje os cientistas nunca terem conseguido encontrar sinais de atividade extraterrestre, muitos deles acreditam na existência de vida no espaço e apostam que sua descoberta esteja prestes a acontecer. Biólogos especialzados em evolução apontam que, pelos princípios de Darwin, é "inevitável" que a vida inteligente tenha se desenvolvido em algum lugar do universo, em um ambiente com as condições adequadas.

Para o físico Paul Davies, da Universidade Estadual do Arizona, a procura por alienígenas deve se focar bem debaixo do nosso nariz: demonstrar que alienígenas estiveram na Terra seria a melhor evidência de se provar sua existência no Universo. "Precisamos desistir dessa ideia de que os ETs deveriam nos enviar algum tipo de mensagem ou ter alguma iniciativa nesse sentido", disse ele ao jornal britânico The Times.

A conferência também coloca em pauta as implicações dessa possível descoberta. Alguns estudiosos alertam para o "perigo" do contato entre humanos e alienígenas. Marek Kukula, astrônomo do Royal Observatory, em Greenwich, admitiu ao The Sunday Times: "Nós gostaríamos de afirmar que, se existe vida fora da Terra, ela seria sábia e benevolente. Porém, não temos evidências para isso."

Fonte: VEJA

Leia também: "Obama fará revelação oficial sobre a existência de extraterrestres".

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Bento XVI visita sinagoga em Roma

"Durante cerca de duas horas, o papa Bento 16 realizou neste domingo a sua primeira visita à sinagoga de Roma – gesto que o Vaticano espera ser visto como um marco nas relações entre as religiões católica e judaica. Essa foi a terceira visita do papa a um templo judaico desde que assumiu a Santa Sé em 2005. No entanto, as relações com os judeus não atravessam uma crise. O pontífice católico insiste em levar adiante planos de canonizar o papa Pio 12, que dirigiu a igreja católica durante a Segunda Guerra Mundial, contra protestos judeus." (BBC Brasil)

"A visita do Papa poderá ajudar a desbloquear um outro tema: o das conversações entre a Igreja Católica e Israel para definir o estatuto das instituições católicas neste país. E surge na véspera da IX reunião da Comissão para o Diálogo entre Judeus e Católicos, que irá debater a abordagem teológica das questões ambientais." (Público)

"Mas sua visita à sinagoga romana é importante porque as relações entre o Vaticano e a comunidade judaica de Roma - a mais antiga da diáspora - frequentemente são vistas como indicativo das relações entre católicos e judeus em todo o mundo." (123achei)

NOTA: A verdadeira razão da "visita histórica" de Bento XVI à sinagoga de Roma não é por ele nunca ter estado lá, mas sim porque a visita ocorreu num domingo. É a primeira vez que Bento XVI visita uma sinagoga em dia de domingo - as outras duas visitas que fez a uma sinagoga ocorreram numa sexta-feira (19/08/2005 na Alemanha, e 18/04/2008 em Nova York, EUA).

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Dia de reflexão judaico-cristã em Roma

"Lembra-te do dia de sábado para santificá-lo". Este é o tema da reunião agendada para iniciar hoje, quinta-feira, dia 14, e que se estenderá até dia 18, domingo, na Pontifícia Universidade do Latrão, na Cidade do Vaticano.

A reunião será guiada Dom Marco Gnavi, diretor do escritório diocesano para o diálogo ecumênico e inter-religioso em uma mesa redonda que terá como palestrantes o Rabino-Chefe Riccardo Di Segni e o Bispo Vincenzo Paglia.

Antecedendo em três dias a visita de Bento XVI à sinagoga de Roma, a reunião se insere em um caminho que, desde 2005, discute ponto a ponto o Decálogo. Este ano, o ponto é o quarto mandamento: "Lembra-te do dia de sábado para santificá-lo".

Para o Bispo Benedetto Tuzia, presidente da Comissão Diocesana para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso, o objetivo é "encontrar um terreno comum entre cristãos e judeus, por meio da ética dos mandamentos, onde o homem encontra a sua liberdade".

Sobre esta questão, falará o rabino chefe da comunidade judaica de Roma, Riccardo Di Segni e do bispo de Terni-Narni-Amelia Vincenzo Paglia, ex-presidente da Comissão para o Ecumenismo e Diálogo inter-religioso da Conferência Episcopal Italiana.

Dom Tuzia ainda falou que, "para nós será a oportunidade para reiterar o desejo da Igreja italiana de encontrar a comunidade judaica, parando primeiro sobre esta forte raiz comum que são as Escrituras dos mandamentos."

Fonte: Rádio Vaticana

NOTA: O compromisso da Santa Sé é com a Tradição acima das Escrituras. Dois mandamentos da Bíblia foram alterados pela Igreja Católica - o que proibe a adoração de imagens, e o que prescreve a guarda do sábado bíblico. A astúcia de Roma está agindo no sentido de convencer todos da observância do domingo, sinal de sua autoridade. A crise final conforme profetizado em Apocalipse 13:15-17 está se aproximando onde cada habitante deste planeta teá que fazer sua escolha: servir a Deus e obedecer Sua Palavra, ou servir as tradições dos homens...

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Cientistas detectam resfriamento na Península Antártica

Temperaturas mais baixas complicam debate sobre aquecimento global, diz pesquisador brasileiro. O norte da Península Antártica vem se resfriando em tempos recentes. Dados meteorológicos da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), a base brasileira no continente gelado, indicam uma tendência de resfriamento de 0,6º C por década, nas temperaturas registradas nos últimos 14 anos. A Península Antártica, como um todo, é uma das regiões do planeta que mais se aqueceu no século 20, acumulando uma elevação de temperatura de 3º C.

Fonte: Estadão